São Paulo, 17 - Os elevados custos com energia elétrica impulsionaram a inflação de serviços na capita paulista para uma taxa de 1,48% na segunda leitura de abril, após 1,11% na pesquisa anterior, de acordo com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). "Segue alta porque energia elétrica tem um peso elevado, e deve continuar pressionando nas próximas semanas", estimou o coordenador do Índice Geral de Serviços (IGS) e também do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), André Chagas.
A alta de 1,48% na segunda medição do mês superou a de 0,88% do IPC - que mede a inflação na capital paulista. Já os preços administrados atingiram 2,91%, depois de 2,13% na primeira pesquisa de abril.
A despeito de esperar que a conta de luz mais cara continue influenciando tanto o IGS quanto o IPC, Chagas acredita que as altas mais significativas podem ter ficado para trás. "Se o ápice do impacto não foi nesta segunda leitura, poderá ser na seguinte", disse, ao referir-se aos efeitos dos reajustes no sistema de bandeira tarifário na cor vermelha e dos aumentos extraordinários realizados em março pelo setor energético. "Ainda que as influências de energia elétrica diminuam, acredito que o item terá peso na inflação de todo o ano, pois há sinais de novos aumentos", ponderou.
Além disso, o consumidor paulistano começará a sentir em breve o aumento autorizado pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) de 13,87% na conta de água e esgoto da Sabesp. O reajuste ainda precisa passar por consulta pública. "Já tem este aumento contratado, mas só para maio", explicou.