Washington, 18 - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou a jornalistas neste sábado, 18, que tem a expectativa de ter "muito brevemente" a página do balanço da Petrobras virada. Ele ressaltou que a Petrobras tem tido mudanças importantes na parte de gestão e a produção de petróleo "vai bem", incluindo o pré-sal.
"A própria Petrobras tem dado alguns sinais de reorientação em alguns aspectos, em alguns segmentos, de maneira muito estratégica, olhando para frente, já respondendo a todas as condições de mercados globais que mudaram", afirmou Levy aos jornalistas. "Foi trocada a diretoria. Tem se falado em renovação do Conselho e alguns minoritários já colocaram nomes bastante interessantes", afirmou.
Levy comentou na entrevista que alguns riscos para a economia brasileira, que foram apontados nos últimos dias pelos técnicos do Fundo Monetário Internacional (FMI) em análises sobre o País, já se dissiparam em parte, porque foram reflexo de uma visão de quando os economistas da instituição foram visitar o Brasil em janeiro.
"Vários dos riscos que o FMI listou quando esteve lá (em Brasília) no começo do ano são, na realidade, de janeiro, da virada do ano. Alguns daqueles riscos claramente diminuíram", disse o ministro, citando como exemplo o risco de racionamento.
Ainda sobre a visão dos estrangeiros a respeito do Brasil, o ministro afirmou que tem havido mais entendimento sobre o que anda acontecendo no País. "As pessoas estão entendendo cada vez mais o que estamos fazendo, o fato de o governo ter rumo, uma política. Vai ter um pouco de trabalho, vai ter um período de ajuste. Mas temos agora novas perspectivas."
Levy frisou que a própria presidente Dilma Rousseff tem se empenhado em explicar, em dar "clareza e rumo" em vários aspectos dos ajustes recentes na economia, "explicando que o que tem sido feito é o caminho para retomar o crescimento".
Sobre a reunião de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI), que o ministro participou nesta semana, Levy afirmou que as pessoas estão percebendo 2015 como um ano de oportunidades, que pode trazer transformação. "Nos Estados Unidos, a gente sabe que eles têm que tomar algumas decisões. A gente vê a Europa surpreendendo pelo lado positivo", disse, citando ainda que a queda do preço do petróleo tem ajudado vários países.