O mercado financeiro manteve a aposta de que o Produto Interno Bruto (PIB) de 2015 ficará negativo neste ano, mas ampliou a avaliação negativa entre uma semana e outra, de queda de 1,03% para uma retração de 1,10%. Os dados são do Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira, 27, pelo Banco Central. Há quatro semanas, essa projeção era de 1,00%.
Para 2016, a expectativa segue um pouco mais otimista. Entre uma semana e outra a previsão foi mantida em 1%. Quatro semanas antes essa expectativa era ligeiramente maior, de 1,05%.
Para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB, a mediana das previsões dos analistas do setor privado ficou estável, pela sétima semana seguida, em 38,00%. No caso de 2016, as expectativas seguem em 38,90% há quatro semanas.
Câmbio
Com o dólar em queda durante quase todo o mês de abril, as previsões para o comportamento do câmbio no fim deste ano foram ligeiramente reduzidas. De acordo com o documento, a mediana das estimativas para o moeda no encerramento de 2015 caiu para R$ 3,20. Na semana anterior essa estimativa era de R$ 3,21 e, quatro edições antes, de R$ 3,20. A taxa média prevista para este ano, no entanto, manteve-se estável em R$ 3,11 - um mês antes estava em R$ 3,12.
Já para 2016, a cotação final segue em R$ 3,30 - estava em R$ 3,23 quatro levantamentos antes. A taxa média para o ano que vem, porém, apresentou alta, passou de R$ 3,21 para R$ 3,23. Um mês antes estava em R$ 3,20. Até a última sexta-feira, o dólar ante o real apresentava queda de 7,59% em abril e alta de 11,37% no ano, terminou o último dia útil da semana passada em R$ 2,9570.
Preços administrados
Analistas de mercado ouvidos para o boletim Focus elevaram a expectativa de alta dos preços administrados em 2015 de 13% para 13,10%, depois de três semanas consecutivas de estabilidade. Para o BC, os preços administrados devem apresentar alta de 11% no ano, número que leva em conta variações ocorridas, até fevereiro, nos preços da gasolina (8,4%) e do gás de bujão (1,2%), bem como as hipóteses, para o acumulado de 2015, de redução de 4,1% nas tarifas de telefonia fixa e de aumento de 38,3% nos preços da eletricidade. Já para 2016, a expectativa no boletim Focus da pressão para a inflação desse conjunto de itens aumentou, subiu de 5,60% para 5,71%.