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Estado de Minas

Preço baixo do petróleo afeta negócios na OTC


postado em 07/05/2015 20:49

Houston, Texas, Estados Unidos, 07 - A queda do preço do petróleo afetou os negócios na maior feira mundial do setor, a Offshore Technology Conference (OTC), que terminou no início da noite desta quinta-feira, 7, em Houston, Texas, nos Estados Unidos. Um dos principais indícios foi a queda de 13% no número de participantes este ano na comparação com 2014, de acordo com um balanço divulgado no final do evento.

A feira, que começou na última segunda-feira, 4, teve 94,7 mil participantes de 130 países, entre executivos, investidores, analistas e funcionários de companhias do setor, ante recorde de 108,3 mil no ano passado. Apesar do menor público, a OTC teve este ano a maior área de exibição em seus 47 anos de existência, atraindo 2,7 mil companhias. "A OTC continua trazendo o mundo inteiro para Houston", disse o presidente ("chairman") da feira, Ed Stokes. Apesar da queda de público, ele ressalta que o total de participantes este ano foi o sexto maior nos 47 anos da feira.

Uma das razões para o crescimento da área de exibição é que os contratos foram fechados no primeiro semestre do ano passado, antes, portanto, de os preços do petróleo começarem a despencar. Já a queda do público é reflexo do corte de gastos que vem marcando o segmento no mundo todo, destaca o secretário-geral do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), Milton Costa Filho.

2016

A OTC de 2016 foi marcada para os dias 2 a 5 de maio. A expectativa é de que a reunião do ano que vem também sinta os efeitos da queda do petróleo, pois muitos dos contratos estão sendo fechados agora. Por isso, espera-se um tamanho menor da feira no ano que vem, ressalta o conselheiro do IBP, João Carlos de Luca.

Em outubro, será realizada a OTC Brasil. Segundo Luca, o evento, no Rio, pode não ter o mesmo tamanho da edição anterior, também refletindo o ambiente no segmento de corte de custos. Mas ele ressalta que a feira vai acontecer logo depois da 13ª rodada de licitações de petróleo e gás, marcada para 7 de outubro, e com o governo sinalizando mudanças na regulação para o setor.

A perspectiva de flexibilização das regras foi um dos fatores que ajudaram a aumentar o interesse na OTC deste ano dos investidores e empresas de petróleo e gás pelo Brasil, ressalta Luca. Os eventos do Brasil tiveram lotação esgotada, a Petrobras teve agenda cheia de reuniões e várias companhias estrangeiras mostraram interesse em fazer parceira com companhias brasileiras.


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