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Estado de Minas

Inflação perde força em abril, mas segue acima do teto da meta

IPCA ficou em em 0,71% em abril, ante 1,32% em março. No entanto, acumula alta de 8,17% em 12 meses, acima do teto da meta do governo para este ano, de 6,5%


postado em 08/05/2015 09:14 / atualizado em 08/05/2015 10:36

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desacelerou e ficou em 0,71% em abril, ante 1,32% em março, divulgou nesta sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, o IPCA acumula altas de 4,56% nos primeiros quatro meses do ano, a maior para um primeiro quadrimestre desde 2003, quando foi de 6,15% - e 8,17% em 12 meses até abril, acima do teto da meta do governo para este ano, de 6,5% e a maior desde dezembro de 2003, quando a taxa acumulada ficou em 9,3%. Na leitura mensal, o avanço de 0,71% no IPCA de abril é o maior para o mês desde 2011, quando o aumento foi de 0 77%, segundo o IBGE.


O IPCA mostrou que os preços subiram, em média, menos do que em março, levando-se em conta, principalmente, a energia elétrica. O item subiu 1,31% no mês, depois de uma forte alta de 22,08% em março, quando refletiu as revisões nos preços das tarifas de todas as regiões pesquisadas, ocorrendo aumentos extras a partir do dia 2 de março, fora do reajuste anual, além da alta de 83,33% sobre o valor da bandeira tarifária vigente.

Segundo o IBGE, com os aumentos ocorridos, o consumidor está pagando neste ano, em média, 38,12% a mais pelo uso da energia, enquanto nos últimos doze meses as contas estão 59,93% mais caras.

Diante da trégua nas tarifas de energia, o grupo Habitação desacelerou de 5,29% em março a 0,93% em abril. O alívio não foi maior porque outros itens pressionaram, entre eles gás de botijão (1,05%), condomínio (0,85%), mão de obra para pequenos reparos (0,73%), aluguel residencial (0,72%) e artigos de limpeza (0,64%). As taxas de água e esgoto, por sua vez subiram 0,61%.

Já as passagens aéreas ficaram 10,21% mais caras em abril. Apesar disso, o grupo Transportes desacelerou de 0,46% em março para 0,11% em abril. A desaceleração, segundo o IBGE, ocorreu porque os combustíveis ficaram mais baratos. Os preços da gasolina caíram 0,67%, enquanto o etanol cedeu 2,33%.

No grupo de alimentos e bebidas, a inflação passou de 1,17% em maçro para 0,97% no mês passado. No entanto, o IBGE destaca as altas de 17,9% no preço do tomate, de 7,05% na cebola, e de 6,55% no feijão mulatinho. No sentido contrário, ficaram mais baratos batata-inglesa, mandioca, farinha de mandioca, feijão-preto, feijão-carioca e ovos, entre outros.

Remédios

Os remédios ficaram 3,27% mais caros em abril, o que gerou a maior contribuição individual para o IPCA no mês passado. O resultado adicionou 0,11 ponto porcentual à inflação, diz IBGE.

O resultado foi provocado pelos reajustes de 5%, 6,35% ou 7,70% nos medicamentos, conforme o nível de concentração no mercado, em vigor a partir do dia 31 de março. Com isso, o grupo Saúde e Cuidados Pessoais acelerou de 0,69% em março para 1,32% em abril.

Houve ainda, no mês passado, aumentos nos serviços médicos e dentários (0,93%), produtos óticos (0,91%) e plano de saúde (0,77%). (Com Agência Estado)


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