O catador de latinha tem que juntar 255,84 quilos de alumínio ou cerca de 19.188 latas para ganhar um salário mínimo de R$ 788 em Belo Horizonte. É o que constatou uma pesquisa realizada pelo site Mercado Mineiro entre 27 de abril e 4 de maio em 20 estabelecimentos.
O levantamento foi feito com base no preço médio pago por estabelecimentos da capital. No mês de abril, a cotação ficou em R$ 3,08. Vale ressaltar que um quilo de latinhas de alumínio corresponde a cerca de 75 latas. No caso da garrafa pet, são 875,55 quilos pelo preço médio de R$ 0,90. Para viver da coleta de papelão o cidadão tem que catar em média 6.061 quilos para ganhar um salário mínimo.
A pesquisa também comprovou que o preço pago para os materiais de reciclagem subiu entre outubro de 2014 e maio deste ano. O maior aumento ficou por conta do quilo do jornal, que passou de R$ 0,08 no ano passado para R$ 0,10 este ano, alta de 25%. O preço médio pago pelo quilo da latinha de alumínio em outubro era de R$ 2,91 e atualmente é de R$ 3,08, aumento de 9,61%.
Variações
De acordo com a pesquisa, o preço pago por empresas de ferro-velho para materiais de reciclagem varia até 300%, exemplo do papel branco, encontrado por R$ 0,05 a R$ 0,20. O quilo do jornal é comprado ao menor preço do valor de R$ 0,05 e ao maior no valor de R$ 0,15, variação de 200%. Já o quilo da revista pode ser vendido de R$ 0,02 a R$ 0,05, variação de 150%.
O quilo do lacre de latinha de alumínio apresentou uma variação de 75%, comprado de R$ 2 a R$ 3,50. O quilo da latinha de alumínio vale de R$ 2,40 a R$ 3,70, variando 54,17%. Já o preço de compra do papelão varia até 50%, de R$ 0,10 a R$ 0,15. A menor variação foi no quilo da garrafa pet de 33,33%, comprada de R$ 0,75 a R$ 1.