Mesmo com autorização da Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais (ARSAE-MG) para cobrar sobretaxa de 15,04%, a partir de quarta-feira, a Copasa decidiu adiar por mais 30 dias a implantação dessa tarifa de contingência aos consumidores mineiros. A companhia solicitou à ARSAE-MG o adiamento para “aprofundamento dos estudos dos riscos inerentes à adoção de racionamento e das estratégias para contenção do consumo de água, visando minimizar disparidades, impactos e reflexos para a população.”
Todos os consumidores, mesmo aqueles que não aumentarem seu gasto de água em relação à média, devem ser obrigados a pagar sobretaxa – assim que for instaurada - em Belo Horizonte e em outras 15 cidades da região metropolitana. Inicialmente, o governo informou que seria cobrada sobretaxa apenas para consumidores que excedessem volumes de água em comparação a meses anteriores.
Quando autorizou a sobretaxa, a ARSAE-MG disse que a elevação de 62,22% nos custos de energia elétrica da Copasa foi o principal fator que contribuiu para o aumento das tarifas de água e de esgoto. Só a energia elétrica contribuiu com 5,58 pontos percentuais do índice total autorizado. Para usuários residenciais com consumo de 10 mil litros de água por mês e serviço de coleta de esgoto, o aumento na fatura seria de R$5,20. O valor da conta passaria de R$34,67 para R$39,87.
Usuários beneficiados pela Tarifa Social instituída pela ARSAE-MG em 2012, com consumo de 10 mil litros de água por mês e serviço de coleta de esgoto teriam um aumento na fatura de R$ 3,55, com o valor da conta passando de R$23,57 para R$27,12.