Com juros maiores, aumento do desemprego e alta da inflação, as vendas do comércio varejista brasileiro seguiram em queda em março, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O recuo foi de 0,9% em relação ao mês anterior. É a maior queda para o mês de março desde 2003, quando registrou retração de 2,4%.
Na comparação com março do ano passado, porém, houve alta de 0,4%, reflexo do efeito calendário, já que o Carnaval no ano passado ocorreu em março - prejudicando as vendas - enquanto, neste ano, em fevereiro, gerou três dias úteis a mais em março de 2015.
No primeiro trimestre, as vendas acumularam queda de 0,8% em relação a igual período de 2014 - pior resultado para um trimestre desde 2003. Já na comparação com o quarto trimestre de 2014, houve recuo de 1,7% no primeiro trimestre deste ano. Até março, as vendas do varejo restrito acumulam alta de 1% nos últimos 12 meses.
Em Minas Gerais, o comércio varejista ficou praticamente estável no volume de vendas (-0,1%) em relação a fevereiro, o quarto resultado negativo. Contra o mesmo mês de 2014, o resultado para Minas foi de 0,6%. O resultado acumulado em 12 meses foi de crescimento de 1,3%.
Setores
O setor mais prejudicado pela queda nas vendas em março foi o de veículos e motos, com recuo de 4,6%. Já na comparação com o mesmo mês de 2014, a queda foi de 3,7%. Ao todo, sete das dez atividades apresentaram um volume de vendas menor em março. Além de veículos, a principal baixa ocorreu em móveis e eletrodomésticos, com recuo de 3% ante fevereiro.
Em Minas, a Fiat concedeu férias coletivas de 20 dias a 2 mil empregados a partir dessa segunda. É a terceira paralisação neste ano, para ajuste dos estoques à demanda do mercado, justificativa informada pela montadora italiana. Houve paralisações em janeiro, como parte do recesso de fim de ano, e durante a semana do carnaval.
As vendas também tiveram baixa nos setores de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,2%), tecidos, vestuário e calçados (-1,4%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-0,2%), livros, jornais, revistas e papelaria (-2,3%) e material de construção (-0,3%).
Registraram aumento nas vendas os segmentos de combustíveis e lubrificantes (2,8%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (1,2%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,2%).
Belo Horizonte tem queda
Na capital mineira, o varejo fechou o primeiro trimestre do ano com queda de 1,67% quando comparado com o mesmo período de 2014. De acordo com a Câmara de Dirigentes de Belo Horizonte (CDL/BH), essa queda é resultado da menor atividade no cenário macroeconômico, associado a juros maiores, aumento do índice de desocupação, queda da renda real e alta da inflação.
Na comparação com fevereiro deste ano, o comércio apresentou um crescimento de 3,96%. Segundo o presidente da CDL/BH este crescimento no mês de fevereiro não foi motivado por uma aceleração da atividade econômica. “Por contar com um número menor de dias úteis (17 dias), o mês de fevereiro acaba se tornando uma base fraca de comparação”, explicou Falci. “Além disso, o feriado do carnaval impactou o resultado”, disse.
Frente a março do ano passado, houve queda de 2,55%. "O poder de compra das famílias tem diminuído. Aliado a isso, a taxa básica de juros apresentou a segunda elevação no ano, chegando a 12,75%, É mais um fator desfavorável ao consumo, visto que o aumento da dificuldade em se obter crédito”, completou.
Na comparação com março do ano passado, porém, houve alta de 0,4%, reflexo do efeito calendário, já que o Carnaval no ano passado ocorreu em março - prejudicando as vendas - enquanto, neste ano, em fevereiro, gerou três dias úteis a mais em março de 2015.
No primeiro trimestre, as vendas acumularam queda de 0,8% em relação a igual período de 2014 - pior resultado para um trimestre desde 2003. Já na comparação com o quarto trimestre de 2014, houve recuo de 1,7% no primeiro trimestre deste ano. Até março, as vendas do varejo restrito acumulam alta de 1% nos últimos 12 meses.
Em Minas Gerais, o comércio varejista ficou praticamente estável no volume de vendas (-0,1%) em relação a fevereiro, o quarto resultado negativo. Contra o mesmo mês de 2014, o resultado para Minas foi de 0,6%. O resultado acumulado em 12 meses foi de crescimento de 1,3%.
Setores
O setor mais prejudicado pela queda nas vendas em março foi o de veículos e motos, com recuo de 4,6%. Já na comparação com o mesmo mês de 2014, a queda foi de 3,7%. Ao todo, sete das dez atividades apresentaram um volume de vendas menor em março. Além de veículos, a principal baixa ocorreu em móveis e eletrodomésticos, com recuo de 3% ante fevereiro.
Em Minas, a Fiat concedeu férias coletivas de 20 dias a 2 mil empregados a partir dessa segunda. É a terceira paralisação neste ano, para ajuste dos estoques à demanda do mercado, justificativa informada pela montadora italiana. Houve paralisações em janeiro, como parte do recesso de fim de ano, e durante a semana do carnaval.
As vendas também tiveram baixa nos setores de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,2%), tecidos, vestuário e calçados (-1,4%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-0,2%), livros, jornais, revistas e papelaria (-2,3%) e material de construção (-0,3%).
Registraram aumento nas vendas os segmentos de combustíveis e lubrificantes (2,8%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (1,2%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,2%).
Belo Horizonte tem queda
Na capital mineira, o varejo fechou o primeiro trimestre do ano com queda de 1,67% quando comparado com o mesmo período de 2014. De acordo com a Câmara de Dirigentes de Belo Horizonte (CDL/BH), essa queda é resultado da menor atividade no cenário macroeconômico, associado a juros maiores, aumento do índice de desocupação, queda da renda real e alta da inflação.
Na comparação com fevereiro deste ano, o comércio apresentou um crescimento de 3,96%. Segundo o presidente da CDL/BH este crescimento no mês de fevereiro não foi motivado por uma aceleração da atividade econômica. “Por contar com um número menor de dias úteis (17 dias), o mês de fevereiro acaba se tornando uma base fraca de comparação”, explicou Falci. “Além disso, o feriado do carnaval impactou o resultado”, disse.
Frente a março do ano passado, houve queda de 2,55%. "O poder de compra das famílias tem diminuído. Aliado a isso, a taxa básica de juros apresentou a segunda elevação no ano, chegando a 12,75%, É mais um fator desfavorável ao consumo, visto que o aumento da dificuldade em se obter crédito”, completou.