O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse nesta quinta-feira, 14, durante rápida entrevista após participar do Global Summity Women, em São Paulo, que o fator previdenciário não acabou. O ministro fez esta afirmação ao ser perguntado sobre a votação na Câmara na quarta-feira, 13, em que os deputados acabaram por flexibilizar o mecanismo e facilitar a aposentadoria dos trabalhadores brasileiros.
No entanto, o ministro disse que é preciso tomar cuidado com projetos que, quando forem votados, criem a necessidade de mais impostos. "A presidente criou uma comissão com todas as instituições sindicais no dia 1º de maio para tratar todas as questões importantes para o trabalhador, inclusive as diferentes maneiras de se ter acesso à aposentadoria. Uma das quais tem funcionado muito bem no Brasil nos últimos anos é você modular, através de um fator previdenciário. Para mudar isso, tem que ser com bastante estudo", disse.
Ainda de acordo com Levy, as possíveis mudanças precisam ser discutidas em profundidade, olhando os números e o impacto para as contas públicas. Ele se recusou a comentar sobre possíveis estimativas de impacto e lembrou que o projeto ainda precisa ser aprovado pelo Senado. "Nós temos um sistema bicameral e, neste sistema, o Senado revê as medidas, exatamente para ver se há uma necessidade de ter equilíbrio ou não. Acho que não devemos nos pronunciar antes do Senado também fazer a avaliação dele", explicou.