A Petrobras fechou o primeiro trimestre de 2015 com um lucro líquido de R$ 5,33 bilhões, após uma perda bilionária em 2014. A estatal divulgou o balanço nesta sexta-feira. O resultado representa uma queda de 1,2% em relação aos R$ 5,39 bilhões no primeiro trimestre de 2014. O mercado esperava um resultado inferior entre janeiro e março devido à redução das vendas de combustíveis e à forte desvalorização do real em comparação ao dólar.
A alta expressiva no lucro operacional se deve ao crescimento da produção de petróleo e gás, a margens maiores na comercialização de derivados de petróleo e aos menores gastos com participação governamental e importações. Os investimentos da companhia totalizaram R$ 17,8 bilhões, o que reflete uma redução de 13% em relação ao mesmo período de 2014. A maior parte dos investimentos, 79%, foi relativa ao segmento de exploração e produção no Brasil.
A produção de petróleo e gás no país e no exterior, no primeiro trimestre, cresceu 11%, comparado ao mesmo período do ano passado, com média de 2,803 milhões de barris de óleo equivalente por dia. No mês de abril, foi atingido recorde de 715 mil barris por dia no pré-sal.
Recentemente, a Petrobras revelou um prejuízo de R$ 26,6 bilhões no balanço auditado de 2014. Na ocasião, a companhia informou ainda que os prejuízos foram influenciados, sobretudo, pelas atividades de refino, devido a problemas de planejamento dos projetos, utilização de taxa de desconto com maior prêmio de risco, postergação da expectativa de entrada de caixa e menor crescimento econômico. Na atividade de Exploração e Produção, as perdas decorreram do declínio dos preços do petróleo.
A petroleira investiu, no ano passado, R$ 87,1 bilhões, 17% a menos que em 2013. A estatal terminou o ano com R$ 68,9 bilhões em caixa.
Endividamento
Até 31 de março deste ano, o endividamento líquido da Petrobras aumentou 18% em relação a 2014. O principal fator para este crescimento, segundo a companhia, foi o impacto da depreciação cambial sobre financiamentos. O indicador Dívida Líquida/EBITDA ajustado fechou o período em 3,86 vezes e a alavancagem (Endividamento Líquido/ (Endividamento Líquido + Patrimônio Líquido)) em 52%.