Depois de saltar 4% no início do pregão, repercussão do balanço do primeiro trimestre melhor do que o esperado, as ações da Petrobras anulam ganhos e operam em queda na tarde desta segunda-feira. Por volta das 14h, as ordinárias caíam 0,8%, enquanto as preferenciais se desvalorizavam em 0,21%. O Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, caía 1,68%, aos 56.248, com queda em ações de bancos, em meio a um possível aumento nos impostos. Enquanto isso, o dólar comercial subia 0,49%, vendido a R$ 3,013.
Ontem, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, admitiu que a aprovação das medidas de ajuste fiscal na Câmara fora do tamanho esperado poderá fazer com que o governo realize um contingenciamento maior do que o inicialmente previsto. "Isso pode nos levar a ter que reduzir as despesas ainda mais", disse em entrevistas com jornalistas.
Segundo ele, uma alternativa a esta situação, para garantir o cumprimento da meta fiscal de 1,2% do PIB, seria aumentar impostos. "Toda vez que se cria um gasto novo obviamente está se contratando novos impostos", disse, ao comentar o fato de a Câmara ter flexibilizado as medidas provisórias 664 e 665, que determinam novas regras par o acesso a benefícios trabalhistas e previdenciários. Os textos ainda serão apreciados pelo Senado.
A alta expressiva no lucro operacional se deve ao crescimento da produção de petróleo e gás, a margens maiores na comercialização de derivados de petróleo e aos menores gastos com participação governamental e importações. Os investimentos da companhia totalizaram R$ 17,8 bilhões, o que reflete uma redução de 13% em relação ao mesmo período de 2014. A maior parte dos investimentos, 79%, foi relativa ao segmento de exploração e produção no Brasil.
Na sexta, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta de 1,04%, aos 57.248 pontos, em dia de forte oscilação nas ações da Petrobras, influenciadas pela divulgação do balanço da estatal. (Com agências)