Trabalhadores em diversas obras no Rio de Janeiro, muitas delas relacionadas às Olimpíadas Rio 2016, estão em greve desde a meia-noite. Eles querem aumento salarial de 8,5% e cesta básica de R$350. O sindicato patronal oferece 7,3% de aumento no salário e na cesta básica, o que elevaria o valor do benefício para R$332. O índice de 7,3% corresponde à inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor.
Segundo a diretora do sindicato da construção pesada, Renilda Cavalcanti, as empresas não têm condições melhorar a proposta. “Oferecemos 7,3%, que é o índice de inflação. Para a gente, a diferença é muito grande. Nós não acabamos a negociação, tanto que nós entramos com processo de dissídio coletivo, porque a negociação está em andamento. Eles não poderiam entrar em greve”, disse a diretora.
De acordo com o Tribunal Regional do Trabalho, o sindicato patronal propôs o dissídio coletivo no fim de semana e requereu a manutenção de pelo menos 40% da força de trabalho para evitar riscos para a população, que poderiam ser ocasionados, caso as obras de escavação, sustentação, drenagem e reparos fossem paralisadas. O juiz Angelo Galvão Zamorano concedeu liminar para que o sindicato mantenha 30% do efetivo de cada empresa.
Nilson Duarte da Costa diz que a paralisação nas principais obras varia de 60% a 70% dos trabalhadores. Renilda Cavalcanti garante que a adesão à greve foi bem menor. “As informações que tenho é que 80% estão trabalhando”, disse.
De acordo com a prefeitura do Rio, a greve não afetou nenhum serviço e as questões trabalhistas não envolvem o Poder Público municipal. O TRT marcou uma audiência de conciliação para sexta-feira (22).
*Colaborou Nanna Pôssa, repórter do Radiojornalismo/EBC