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Estado de Minas

Operários da construção pesada entram em greve e prejudicam obras das Olimpíadas

Sindicato que representa os trabalhadores diz que paralisação nas principais obras varia de 60% a 70%. Já o sindicato patronal garante que 80% dos funcionários estão trabalhando


postado em 18/05/2015 18:27

Trabalhadores em diversas obras no Rio de Janeiro, muitas delas relacionadas às Olimpíadas Rio 2016, estão em greve desde a meia-noite. Eles querem aumento salarial de 8,5% e cesta básica de R$350. O sindicato patronal oferece 7,3% de aumento no salário e na cesta básica, o que elevaria o valor do benefício para R$332. O índice de 7,3% corresponde à inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor.

De acordo com o presidente do sindicato, Nilson Duarte da Costa, a categoria cedeu muito nas negociações e não aceita reduzir mais nas reivindicações. “No decorrer das discussões, desde 28 de janeiro, nós chegamos a R$350 na cesta básica e 8,5% de aumento. As empresas oferecem a inflação. Então nós estamos com o impasse para sair R$18 de aumento na cesta básica e 1,2% de aumento sobre os salários”, explicou o sindicalista.

Segundo a diretora do sindicato da construção pesada, Renilda Cavalcanti, as empresas não têm condições melhorar a proposta. “Oferecemos 7,3%, que é o índice de inflação. Para a gente, a diferença é muito grande. Nós não acabamos a negociação, tanto que nós entramos com processo de dissídio coletivo, porque a negociação está em andamento. Eles não poderiam entrar em greve”, disse a diretora.

De acordo com o Tribunal Regional do Trabalho, o sindicato patronal propôs o dissídio coletivo no fim de semana e requereu a manutenção de pelo menos 40% da força de trabalho para evitar riscos para a população, que poderiam ser ocasionados, caso as obras de escavação, sustentação, drenagem e reparos fossem paralisadas. O juiz Angelo Galvão Zamorano concedeu liminar para que o sindicato mantenha 30% do efetivo de cada empresa.

Nilson Duarte da Costa diz que a paralisação nas principais obras varia de 60% a 70% dos trabalhadores. Renilda Cavalcanti garante que a adesão à greve foi bem menor. “As informações que tenho é que 80% estão trabalhando”, disse.

De acordo com a prefeitura do Rio, a greve não afetou nenhum serviço e as questões trabalhistas não envolvem o Poder Público municipal. O TRT marcou uma audiência de conciliação para sexta-feira (22).

*Colaborou Nanna Pôssa, repórter do Radiojornalismo/EBC


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