O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), vai auditar, no próximo mês, cinco frigoríficos mineiros de carne bovina para verificar se eles podem exportar alimentos para a China. A medida é reflexo da abertura do mercado asiático após acordo assinado entre Brasil e China que determinou o fim do embargo à importação da carne bovina brasileira.
“O consumo de proteína animal entre os chineses vem crescendo na última década, com a melhoria do poder aquisitivo da população e a urbanização. Para se ter uma ideia, no período de 2004 a 2014, a variação do consumo doméstico de carne bovina cresceu cerca de 25%, passando de 5,6 milhões para 6,9 milhões de toneladas”, afirma o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento João Cruz Reis Filho.
Minas possui o segundo maior rebanho nacional, com aproximadamente 24 milhões de cabeças e responde por mais de 9% dos 33,9 milhões de abates realizados sob inspeção municipal, estadual e federal. Na avalição do secretário João Cruz, é uma oportunidade para que os pecuaristas mineiros invistam em tecnologias e melhorem a eficiência zootécnica do rebanho, garantindo novos mercados e renda.
Em 2014, as exportações brasileiras de carne bovina geraram receitas da ordem de US$ 17,4 bilhões. A expectativa é de que a reabertura do mercado chinês, considerado estratégico para a pecuária nacional, movimente em torno de US$ 4,5 bilhões por ano com a venda de carnes, o que representa acréscimo de aproximadamente 26%.
O embargo do país asiático à carne bovina brasileira estava vigente desde 2012, em razão da descoberta, em território brasileiro, de um caso atípico de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), a doença da vaca louca.