A Caixa Econômica Federal calcula que as medidas de incentivo ao crédito imobiliário, do qual é líder no Brasil, anunciadas nesta quinta-feira, pelo governo, tenham impacto de R$ 10 bilhões, conforme nota enviada à reportagem. "As iniciativas vão viabilizar o financiamento expressivo de unidades habitacionais por parte das instituições financeiras, com efeito positivo na comercialização do atual estoque de imóveis", destaca o banco.
Conhecida como o banco da habitação, pressionada pelos saques na poupança, a Caixa restringiu os empréstimos para a compra da casa própria, financiando no máximo metade do valor no caso de imóveis usados. Além disso, aumentou os juros por duas vezes. Sem recursos da poupança, o desafio deste ano da Caixa é desembolsar o mesmo montante de 2014, quando foram liberados R$ 129 bilhões. Executivos já falam, porém, em um corte bilionário neste exercício.
Sobre às regras de financiamentos, a Caixa esclarece, em nota, que, na parte da habitação social, irá aguardar a regulamentação por parte do Ministério das Cidades e no que se refere às decisões do Conselho Monetário Nacional (CMN), vai esperar a publicação das resoluções.
O órgão fixou novas condições de emissão para as letras de crédito imobiliário (LCI) e para as letras de crédito do agronegócio (LCA). Estabeleceu ainda que os certificados de recebíveis imobiliários (CRI) tenham lastro apenas em financiamentos habitacionais no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) e não mais imobiliários em geral.