O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) apresentou na tarde desta sexta-feira, um balanço sobre a paralisação dos servidores hoje cedo. De acordo com a entidade, mais de 750 funcionários do BC cruzaram os braços na primeira metade do dia na sede da instituição em Brasília e nas demais nove praças onde a instituição possui unidades. No total, a autarquia conta com cerca de 4 mil funcionários.
O objetivo do movimento foi chamar a atenção para a pauta de reivindicações das carreiras, entre as quais a recomposição salarial de 27,3%. Esse porcentual foi calculado pelo sindicato com base em "perdas decorrentes da inflação, provocada pela desgovernança na área econômica no primeiro mandato da presidente Dilma".
Outros itens da pauta de reivindicação são atualização dos valores de indenizações (diárias e transporte) e revisão necessária para que os fiscais do BC possam cumprir seu papel de supervisionar os bancos. "O BC amanheceu embalado por faixas explicativas da situação dos seus servidores neste tempo de ajuste fiscal", trouxe a nota da entidade. O BC não se pronunciou sobre a manifestação.
No ano passado, os técnicos do BC paralisaram as atividades por cinco vezes. A paralisação foi utilizada ao longo de 2014 no intuito de a instituição modernizar a carreira desses trabalhadores. Este ano, durante a comemoração dos 50 anos da autarquia, no final de março, a categoria organizou um protesto diferente. Servidores que compõem o Sindicato Nacional dos Técnicos do Banco Central (SinTBacen) viraram-se de costas durante a fala do presidente da instituição, Alexandre Tombini, no evento. Na ocasião, mostraram inscrições na parte de trás das camisetas que vestem: "comemorar o quê?".