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Estado de Minas

Número de consumidores com dívidas em atraso bate recorde em BH

Com orçamento apertado em função do aumento no custo de vida, os consumidores estão acumulando dívidas


postado em 10/06/2015 11:10 / atualizado em 10/06/2015 11:37

O número de pessoas com dívidas em atraso bateu recorde: pesquisa divulgada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) junto ao Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) mostra que houve aumento de 2,28% frente a abril. É a maior alta para o mês de maio desde o início da série histórica em 2011. “Com a perda na renda em função da inflação, os consumidores estão com maior dificuldade de pagar suas contas”, explicou a economista da CDL/BH, Ana Paula Bastos. Se comparado a maio de 2014, foi verificado um crescimento de 3,25%. Para a entidade, esse aumento demonstra o efeito corrosivo da inflação sobre a renda das famílias que aliada a taxas de juros elevadas e falta de planejamento financeiro levam o consumidor a não conseguir quitar as dívidas.


A pesquisa mostrou que a maioria das dívidas (25,31%), incide sobre a faixa etária acima de 50 anos, com maior concentração no intervalo de idade entre 50 e 64 anos (8,41%). Essa faixa etária corresponde às pessoas ainda responsáveis financeiramente pelas famílias e que claramente estão sentindo mais o peso do aumento do custo de vida. Em relação ao tempo de atraso de dívida, o intervalo que apresentou maior concentração foi o de até 3 a 5 anos, com 10,68%.

Inadimplentes

Já o número consumidores inadimplentes cresceu 1,73% em maio, na comparação com o mesmo mês de 2014, o menor resultado desde maio de 2012 (4,84%), quando o consumo estava aquecido devido aos incentivos fiscais e taxa de juros e inflação em patamares menores. Hoje, o resultado não é maior, pois o consumo está menos aquecido, mas existe uma piora nos indicadores macroeconômicos, segundo a CDL.

No comparativo anual, o crescimento foi de 0,99%. Da mesma forma que ocorreu em abril (0,85%) o número de inadimplentes em maio mostrou um avanço significativo. De acordo com a economista da CDL/BH, este crescimento é reflexo da sazonalidade do mês (maio contou com a comemoração do Dia das Mães) e também da maior dificuldade dos consumidores em quitarem suas dívidas.

A abertura por tempo de atraso da dívida mostrou, em comparação a maio de 2014, queda em duas das cinco faixas de período. De 91 a 180 dias apresentou queda de 11,72%. De 181 a 360 dias teve redução de 2,06%. A maior alta foi na faixa de 3 a 5 anos (6,41%). No mês de maio de 2015 em comparação com o mesmo mês de 2014, o número de inadimplentes mais jovens, com idade entre 18 e 24 anos, apresentou queda de 17,21%, seguindo a tendência de queda observada desde fevereiro de 2013. Já a quantidade de devedores mais velhos (acima de 50 anos) mostrou a maior variação entre as categorias (24,79%).


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