São Paulo, 10 - A Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa) vai pleitear ao governo federal um aumento da cota de importação de automóveis livres de IPI, atualmente de até 4,8 mil unidades por ano. Para a entidade, a cota representa uma "amarra mercadológica" ao setor diante da alta variação cambial nos últimos quatro anos.
"Não queremos o fim das cotas. É necessária uma revisão numérica", defendeu o presidente da Abeifa, Marcel Visconde, em entrevista à imprensa nesta quarta-feira, 10. De acordo com ele, ainda não há uma proposta fechada, mas a ideia inicial seria pedir pelo menos o dobro. "Duplicar esse número daria uma oxigenação às marcas e não afetaria em nada nossa participação de mercado (de 3,32% em 2015 até maio)", disse.
O executivo aguarda reunião com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, para discutir o assunto. "Queremos conversar com ele para ver qual a percepção dele em relação a isso", afirmou. Segundo Visconde, desde que Monteiro assumiu, duas reuniões que estavam agendadas (para abril e para ontem) foram desmarcadas.