O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse nesta sexta-feira, que o governo deverá anunciar em breve um plano de comércio exterior. Não disse, porém, quando nem deu detalhes sobre o que seria esse plano. A afirmação do foi dada em sua palestra na 43ª Reunião do Conselho Consultivo do World Trade Center (WTA), em São Paulo, que se seguiu à palestra feita pelo ex-embaixador Rubens Barbosa, que teceu duras críticas ao acanhamento do governo no comércio exterior. Barbosa chegou a dizer que o Brasil não sabe o que quer nem que direção tomar quando o tema são as relações internacionais.
Levy destacou a recente visita da presidente Dilma Rousseff ao México e o empenho da mandatária para fechar acordos de comércio exterior com o governo mexicano. Ele lembrou que, em princípio, os mexicanos queriam inserir na pauta de comércio com o Brasil apenas 300 produtos, mas que Dilma teria sido enfática e convencido o governo mexicano a colocar 600, 900, 1.000 produtos e "ver no que dá mais para frente".
"Nos Estados Unidos temos o ministro Armando Monteiro (MDIC) batendo. E os Estados Unidos têm dado mostras de que querem uma reaproximação com o Brasil", disse, destacando que do lado brasileiro também há uma reciprocidade. O ministro lembrou que em breve a presidente visitará os EUA, evento que, segundo ele, vai além das fronteiras comerciais e de valores pelo que representa a economia e a política da Casa Branca para todo o mundo.
Já na sessão de perguntas e respostas, Levy disse que o governo brasileiro está trabalhando para criar no País um ambiente de negócios no qual o investidor se sinta protegido. "Se o investidor brasileiro for bem protegido, tenho certeza de que todo o mundo vai querer vir para cá", assegurou o ministro da Fazenda.