O número de internações na chamada saúde suplementar em Minas Gerais encerrou 2014 com 766.637 ocorrências, 14% a mais que em 2010. Nesse acumulado de cinco anos, a taxa média anual de crescimento do indicador foi de 4%, pouco maior que a apurada no país (3,5%) e no Sistema Único de Saúde (SUS). Em todo o país, o total de consumidores com planos de saúde médico-hospitalares fechou o ano passado em 50,8 milhões, 1,2 milhão a mais que em 2013.
Depois de comemorar o salto nos números, porém, os empresários do setor estão preocupados com as estatísticas deste ano. Isso porque o aumento ocorrido em 2014 se deve à baixa taxa de desemprego naquele ano. Na prática, o emprego em alta jogou para o alto o número de contratos de planos coletivos empresariais.
Para se ter ideia, dados da Associação Nacional dos Hospitais Privados (Anahp) mostram que a participação do número de beneficiários nesse tipo de contrato aumentou de 55,6% para 66,3% entre 2009 e 2014. No mesmo intervalo, a participação dos beneficiários em planos coletivos por adesão (por exemplo, categoria profissional) diminuiu de 16,8% para 13,3%. O dos beneficiários de planos individuais, de 21,7% para 19,7%.
O aumento estrondoso apurado em 2014, tanto no total de planos 50,8 milhões quanto no avanço dos coletivos empresariais, ocorreu em razão da baixa taxa de desemprego. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o percentual de desocupados chegou a 4,9% em abril do ano passado, a menor para o mês na série histórica. Em abril deste ano, devido à recessão econômica, o percentual subiu para 6,4%.
Na intenção de encontrar estratégias para melhorar os números da saúde no país, tanto a pública quanto a privada, integrantes da Anahp se reuníram ontem, na unidade do Mater Dei do Barroca, na Região Oeste de Belo Horizonte, no evento “O hospital na construção da excelência do sistema de saúde: perspectivas e desafios”. O presidente da associação, Francisco Balestrin, destacou que uma das propostas é o aumento do investimento do poder público no setor.
SEM DESPERDÍCIO “O governo (federal) gasta de 6% a 7% de suas receitas na saúde. Defendemos que esse percentual seja de pelo menos 10%. Hoje, o Brasil desembolsa US$ 1 mil per capita, menos do que outros países. Na Argentina, são US$ 1,5 mil. Na França, US$ 6 mil. Nos Estados Unidos, US$ 8,5 mil”, comparou o presidente da entidade. O executivo destaca que uma forma de melhorar a receita é reduzir as perdas na saúde. Por desperdício, os especialistas entendem tanto o dinheiro perdido em razão da corrupção quanto medicamentos com prazo de validade vencido ou comprados em razão de receitas prescritas erroneamente. O custo desse desperdício soma em torno de R$ 40 bilhões no país, segundo dados divulgados em 2014.
Os sócios do Mater Dei – o hospital completou 35 anos no último dia 1º – discutem a inovação e o gerenciamento de custo. “Temos um projeto sustentável, com menor gasto de água, energia elétrica...”, disse Maria Norma Salvador, uma das proprietárias da empresa e dirigente da Anhp. A entidade elaborou um estudo, chamado de Livro Branco, com propostas para melhorar os indicadores do setor. Uma das propostas é o desenvolvimento de parcerias público-privadas (PPP) com compartilhamento de riscos operacionais e financeiros. Outra, é viabilizar o intercâmbio de informações assistenciais entre os prestadores públicos e privados.
Depois de comemorar o salto nos números, porém, os empresários do setor estão preocupados com as estatísticas deste ano. Isso porque o aumento ocorrido em 2014 se deve à baixa taxa de desemprego naquele ano. Na prática, o emprego em alta jogou para o alto o número de contratos de planos coletivos empresariais.
Para se ter ideia, dados da Associação Nacional dos Hospitais Privados (Anahp) mostram que a participação do número de beneficiários nesse tipo de contrato aumentou de 55,6% para 66,3% entre 2009 e 2014. No mesmo intervalo, a participação dos beneficiários em planos coletivos por adesão (por exemplo, categoria profissional) diminuiu de 16,8% para 13,3%. O dos beneficiários de planos individuais, de 21,7% para 19,7%.
O aumento estrondoso apurado em 2014, tanto no total de planos 50,8 milhões quanto no avanço dos coletivos empresariais, ocorreu em razão da baixa taxa de desemprego. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o percentual de desocupados chegou a 4,9% em abril do ano passado, a menor para o mês na série histórica. Em abril deste ano, devido à recessão econômica, o percentual subiu para 6,4%.
Na intenção de encontrar estratégias para melhorar os números da saúde no país, tanto a pública quanto a privada, integrantes da Anahp se reuníram ontem, na unidade do Mater Dei do Barroca, na Região Oeste de Belo Horizonte, no evento “O hospital na construção da excelência do sistema de saúde: perspectivas e desafios”. O presidente da associação, Francisco Balestrin, destacou que uma das propostas é o aumento do investimento do poder público no setor.
SEM DESPERDÍCIO “O governo (federal) gasta de 6% a 7% de suas receitas na saúde. Defendemos que esse percentual seja de pelo menos 10%. Hoje, o Brasil desembolsa US$ 1 mil per capita, menos do que outros países. Na Argentina, são US$ 1,5 mil. Na França, US$ 6 mil. Nos Estados Unidos, US$ 8,5 mil”, comparou o presidente da entidade. O executivo destaca que uma forma de melhorar a receita é reduzir as perdas na saúde. Por desperdício, os especialistas entendem tanto o dinheiro perdido em razão da corrupção quanto medicamentos com prazo de validade vencido ou comprados em razão de receitas prescritas erroneamente. O custo desse desperdício soma em torno de R$ 40 bilhões no país, segundo dados divulgados em 2014.
Os sócios do Mater Dei – o hospital completou 35 anos no último dia 1º – discutem a inovação e o gerenciamento de custo. “Temos um projeto sustentável, com menor gasto de água, energia elétrica...”, disse Maria Norma Salvador, uma das proprietárias da empresa e dirigente da Anhp. A entidade elaborou um estudo, chamado de Livro Branco, com propostas para melhorar os indicadores do setor. Uma das propostas é o desenvolvimento de parcerias público-privadas (PPP) com compartilhamento de riscos operacionais e financeiros. Outra, é viabilizar o intercâmbio de informações assistenciais entre os prestadores públicos e privados.