As vendas do comércio varejista caíram 0,4% em abril ante março, informou nesta terça-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o terceiro mês consecutivo de resultado negativo e também a maior queda para o mês desde 2003. Há 12 anos, o recuo neste confronto também foi de 0,4%. Em março ante fevereiro, o recuo foi mais intenso, de 1%, conforme dado revisado nesta terça.
Na comparação com abril de 2014, as vendas cederam 3,5%, também a maior queda para o mês de 2003, quando o recuo foi de 3,7%, segundo o órgão. Até abril, o setor acumula queda de 1,5% no ano e avanço de 0,2% nos últimos 12 meses.
O IBGE também divulgou a receita nominal do setor, que subiu 0,3% na comparação com março e 2,5% ante abril do ano passado. Em 2015, a receita do varejo acumula alta de 4,7% e, nos últimos 12 meses, a expansão chega a 6,4%.
Setores
A queda no volume de vendas do varejo em abril ante março foi puxada por sete das dez atividades. O recuo mais intenso veio de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, cujas vendas cederam 12,2% no período. Outros destaques negativos foram móveis e eletrodomésticos (-3 1%), tecidos, vestuário e calçados (-3,8%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-5,1%), material de construção (-1,2%), livros, jornais, revistas e papelaria (-0,2%) e combustíveis e lubrificantes (-0,1%). Por outro lado, tiveram aumento nas vendas os hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,9%) e os artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,3%).
Veículos O volume de vendas do setor automotivo caiu 19,5% em abril na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo o IBGE. Apesar disso, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio, o grupamento de atividades – veículos e motos, partes e peças – teve alta de 4,4% em relação a março deste ano.
No entanto, a alta não sinaliza uma retomada do setor, afirmou Juliana Paiva Vasconcellos, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE. Segundo ela, o desempenho do segmento na comparação com abril de 2014, com queda de 19,5% nas vendas, é um retrato mas fiel ao momento da atividade.
"O resultado positivo de veículos não é reação do setor. O comprometimento de renda das famílias e a expectativa de quadro negativo na economia estão afetando diretamente o setor de veículos", contou.
O desempenho de veículos na comparação com abril do ano passado foi o pior para o mês em toda a série histórica, iniciada em 2005. Com isso, o varejo ampliado também afundou. A queda nas vendas ante abril de 2014 foi de 8,5%, também a maior para o mês da série.
Contribuíram para a queda a retirada de incentivos como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o menor ritmo na oferta de crédito e a restrição orçamentária das famílias.
Em 2015, o setor acumula uma queda de vendas de 16%, a maior entre todas as atividades pesquisadas. O mesmo ocorre no acumulado dos 12 últimos meses, em que há uma retração de 12,6%. (Com agências)
Na comparação com abril de 2014, as vendas cederam 3,5%, também a maior queda para o mês de 2003, quando o recuo foi de 3,7%, segundo o órgão. Até abril, o setor acumula queda de 1,5% no ano e avanço de 0,2% nos últimos 12 meses.
O IBGE também divulgou a receita nominal do setor, que subiu 0,3% na comparação com março e 2,5% ante abril do ano passado. Em 2015, a receita do varejo acumula alta de 4,7% e, nos últimos 12 meses, a expansão chega a 6,4%.
Setores
A queda no volume de vendas do varejo em abril ante março foi puxada por sete das dez atividades. O recuo mais intenso veio de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, cujas vendas cederam 12,2% no período. Outros destaques negativos foram móveis e eletrodomésticos (-3 1%), tecidos, vestuário e calçados (-3,8%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-5,1%), material de construção (-1,2%), livros, jornais, revistas e papelaria (-0,2%) e combustíveis e lubrificantes (-0,1%). Por outro lado, tiveram aumento nas vendas os hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,9%) e os artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,3%).
Veículos O volume de vendas do setor automotivo caiu 19,5% em abril na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo o IBGE. Apesar disso, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio, o grupamento de atividades – veículos e motos, partes e peças – teve alta de 4,4% em relação a março deste ano.
No entanto, a alta não sinaliza uma retomada do setor, afirmou Juliana Paiva Vasconcellos, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE. Segundo ela, o desempenho do segmento na comparação com abril de 2014, com queda de 19,5% nas vendas, é um retrato mas fiel ao momento da atividade.
"O resultado positivo de veículos não é reação do setor. O comprometimento de renda das famílias e a expectativa de quadro negativo na economia estão afetando diretamente o setor de veículos", contou.
O desempenho de veículos na comparação com abril do ano passado foi o pior para o mês em toda a série histórica, iniciada em 2005. Com isso, o varejo ampliado também afundou. A queda nas vendas ante abril de 2014 foi de 8,5%, também a maior para o mês da série.
Contribuíram para a queda a retirada de incentivos como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o menor ritmo na oferta de crédito e a restrição orçamentária das famílias.
Em 2015, o setor acumula uma queda de vendas de 16%, a maior entre todas as atividades pesquisadas. O mesmo ocorre no acumulado dos 12 últimos meses, em que há uma retração de 12,6%. (Com agências)