A atividade econômica do país registrou queda pelo segundo mês seguido. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) dessazonalizado (ajustado para o período) apresentou retração de 0,84% em abril, comparado a março, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira. Em março, na comparação com fevereiro, a queda chegou a 1,51%, de acordo com dados revisados.
Com a segunda queda mensal consecutiva, o IBC-Br atingiu em abril o nível mais baixo desde maio de 2012 na série com ajustes sazonais. De acordo com a série histórica do Banco Central para o indicador, o IBC passou de 143,87 pontos em março (dado já revisado) para 142,66 pontos em abril. Há quase três anos atrás, o Índice de Atividade do BC estava em 142,24 pontos.
A queda de março para abril na série observada foi ainda maior - passou de 149,80 pontos (dado revisado) para 142,79 pontos no período. Mesmo assim, já havia sido verificado um patamar baixo nessa série mais recentemente. Em fevereiro deste ano, o IBC estava em 137,94 pontos, também de acordo com dados do BC.
Na comparação entre abril deste ano e o mesmo mês de 2014, houve queda de 3,13%, de acordo com os dados sem ajustes já que são períodos iguais na comparação. Em 12 meses encerrados em abril, a retração ficou em 1,3% e no ano, em 2,23%. O índice dessazonalizado em 12 meses, apresentou queda de 1,38%.
O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira a cada mês. O índice incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária, mas o BC só divulga o resultado total do indicador.
O indicador oficial sobre o desempenho da economia é o Produto Interno Bruto (PIB), elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e divulgado por trimestres. Na avaliação do mercado financeiro, o PIB deve ter queda de 1,35%, este ano.
No primeiro trimestre deste ano, o PIB recuou 0,2%, na comparação com o período anterior (outubro, novembro e dezembro de 2014). Em relação ao mesmo período do ano passado, houve queda de 1,6%, a maior retração desde o segundo trimestre de 2009 (-2,3%). Em 12 meses, o PIB acumulou queda de 0,9%.
Trimestre
No trimestre de fevereiro a abril deste ano, o IBC-Br recuou 1,01% na comparação com o trimestre imediatamente anterior, pela série ajustada do BC. Na comparação com idênticos três meses de 2014, o resultado foi de uma queda de 2,15% na série observada.
A instituição revisou também dados do Índice de Atividade Econômica na margem na série com ajuste. Em março, a variação deixou de ser de -1,07% e passou para -1,51%. Em fevereiro, a taxa de 0,59% foi substituída pela de 0,70%. Em janeiro, a taxa de -0,30% foi revisada para -0,16%.
Em dezembro do ano passado, o resultado de um recuo de 0,77% foi substituído por uma queda de 0,97%. Em novembro, o dado de queda de 0,10% passou a ser de um recuo de 0,17%. Em outubro, mudou de uma queda de 0,39% para uma baixa de 0,41%. Em setembro, a elevação de 0,59% deu lugar a uma alta de 0,68%. Em agosto, o avanço de 0,34% foi alterado para alta de 0,07%. A taxa de julho foi modificada de alta de 1,00% para também alta, de 1,25%. (Com agências)