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Estado de Minas

Prévia da inflação oficial tem maior taxa para junho desde 1996

IPCA-15 ficou em 0,99% no mês. A taxa é superior ao 0,6% de maio deste ano e ao 0,47% de junho do ano passado


postado em 19/06/2015 09:41 / atualizado em 19/06/2015 11:07

A prévia da inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), ficou em 0,99% em junho deste ano. A taxa é superior ao 0,6% de maio deste ano e ao 0,47% de junho do ano passado. Também é a maior taxa para meses de junho desde 1996, quando ficou em 1,11%.

Com a prévia, divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice atingiu uma alta de 6,28% no ano até junho, a mais intensa para o período desde 2003 (7,75%). Além disso, o avanço em 12 meses chegou a 8,80%, o maior patamar desde dezembro de 2003, quando foi de 9,86%.


Grupos

Os alimentos ficaram ainda mais caros no IPCA-15 de junho. O grupo acelerou a 1,21%, de 1,05% em maio, segundo o IBGE. Com isso, os alimentos adicionaram 0,30 ponto porcentual à alta de 0,99% registrada pelo índice neste mês.

Segundo o IBGE, só a cebola ficou 40,29% mais cara, enquanto o tomate subiu 13,00%. Também puxaram a alta de alimentos a cenoura (5,59%), batata-inglesa (4,42%), carnes (1,63%), leite longa vida (1,24%), lanche (1,07%), pão francês (0,98%), além de outros.

Considerando as regiões pesquisadas, foi na região metropolitana do Recife que os preços dos alimentos subiram mais (1,84%). A alta menos intensa, por sua vez, foi registrada em Porto Alegre (0,43%).

Água e esgoto

A taxa de água e esgoto registrou aumento de 3,76% no IPCA-15 de junho. A alta expressiva decorre de reajustes ocorridos em cinco regiões, segundo o órgão. Em Belo Horizonte, a alta de 13,93% foi a maior entre os locais, impulsionada por um reajuste de 15,03% em vigor desde 13 de maio. Já em São Paulo, o avanço de 4,38% é resultado do reajuste de 15,64%, praticado desde 04 de junho.

Também tiveram aumentos Rio de Janeiro (3,37%), em função do reajuste de 4,05% em vigor desde 22 de maio; Curitiba (2,20%), por conta do aumento de 5,64% nas contas desde 01 de junho; e Salvador (2,14%), impulsionada por um reajuste de 9,98% desde 06 de junho. Além das contas de água, subiram em junho a energia elétrica (1,12%), diante de reajustes em quatro regiões; artigos de limpeza (1,05%); e condomínio (0,93%). Com isso, o grupo Habitação voltou a ganhar força, de 0,85% no IPCA-15 de maio para alta de 1,03% no índice de junho.

Passagens aéreas

As passagens aéreas ficaram 29,54% mais caras no âmbito do IPCA-15 de junho. Com isso, o grupo Transportes acelerou a uma alta de 0,85% neste mês, contra queda de 0,45% no mesmo índice de maio. Além das passagens, os combustíveis e as tarifas de ônibus exerceram pressão sobre o grupo. Só a gasolina subiu 0,65% neste mês, enquanto as tarifas de ônibus urbano ficaram 0,65% mais caras, refletindo o reajuste de 12,50% em vigor na região metropolitana de Belém desde o dia 16 de maio.

Jogos de Azar


Os jogos de azar subiram 37,77% e responderam, sozinhos, por 0,14 ponto porcentual da alta de 0,99% no IPCA-15 de junho, informou há pouco o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O aumento decorre de reajustes vigentes desde 18 de maio.

Com isso, o grupo Despesas Pessoais acelerou de 0,18% no IPCA-15 de maio para 1,79% em junho e teve o segundo maior impacto no índice do mês (0,19 ponto porcentual), atrás apenas de Alimentação e Bebidas.

Além dos jogos de azar, outros itens exerceram influência sobre o resultado do grupo, destacou o IBGE, entre eles empregado doméstico, que ficou 0,65% mais caro. (Com Agência Estado)


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