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Estado de Minas

Nova previsão do BC aponta que economia encolherá mais neste ano: 1,1%


postado em 24/06/2015 10:14

Com o cenário cada vez mais claro de estagflação - quando há um aumento dos preços ao mesmo tempo em que a atividade se retrai - , o Banco Central previu que o Produto Interno Bruto (PIB) de 2015 deverá registrar retração de 1,1%. O cenário mais pessimista para o crescimento brasileiro consta do Relatório Trimestral de Inflação (RTI) divulgado nesta quarta-feira, 24. Na edição anterior, a previsão do BC era de uma queda de 0,50% para a economia.


O recuo das estimativas foi puxado por uma expectativa menor de crescimento do setor industrial e de serviços, além de uma queda mais acentuada do que a prevista para os investimentos, a chamada Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF). A projeção do PIB da indústria passou de uma queda de 2,3% para 3% em 2015. Por outro lado, o setor agrícola terá um desempenho melhor do que o estimado inicialmente. Pelas novas projeções, o PIB do setor agropecuário vai crescer 1,9% ante 1% da estimativa anterior. Já o setor de serviços, de acordo com o BC, deve sofrer um recuo de 0,8% esse ano. No relatório de março, o BC contava com uma alta de 0,1% para 2015.

Ainda de acordo com o relatório, o consumo das famílias deve ter uma queda de 0,5% em 2015, enquanto o consumo do governo deve recuar 1,6%. Já os investimentos, de acordo com o BC, terão uma queda de 7% ante estimativa anterior de 6%.

O governo tem falado que sinais de retomada da economia passarão a ser vistos no segundo semestre deste ano, tido pela equipe econômica como um "ano de transição". A retomada mesmo é aguardada apenas para o ano que vem. O BC revelou, no entanto, que sua estimativa para o crescimento do PIB em 12 meses até o final do primeiro trimestre de 2016 é um recuo de 0,8%

No mercado financeiro, no entanto, as previsões para o crescimento da atividade no ano que vem seguem positivas, mas a cada semana menores. No boletim Focus, a mediana para o PIB deste ano está negativa em 1,45% e positiva em 0,70% para 2016.


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