Em mais um esforço para reverter o desânimo com os rumos da economia brasileira, a presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira, que o lançamento do Plano Nacional de Exportações faz parte da estratégia do Palácio do Planalto para que o Brasil volte a crescer, estimulando a geração de emprego, renda e oportunidades no País.
"A participação ativa no comércio internacional vai aumentar competitividade, geração de empregos e o crescimento. O plano é parte estratégica da nossa agenda de voltar a crescer", afirmou a presidente.
Dilma destacou que, com o câmbio mais favorável, o Brasil terá "oportunidade ímpar" de dar novos status ao comércio exterior brasileiro. Dilma disse que o objetivo do governo é diversificar a pauta, o mercado de destino e a origem das exportações. "Seremos parceiros do setor produtivo para que o comércio exterior amplie importância como setor de competitividade e crescimento", disse a presidente.
Viagens
Em sua fala, Dilma destacou a importância da relação com os países que integram o Mercosul, a reunião dos Brics prevista para o próximo mês e a viagem que fará aos Estados Unidos este final de semana. "O Brasil define nesses primeiros meses uma estrutura de negociação e de busca de relações comerciais e de parcerias", ressaltou a presidente. "O compromisso é garantir previsibilidade, transparência e eficiência nas ações."
OMC
Dilma também falou que o Palácio do Planalto vai trabalhar para superar barreiras às exportações brasileiras de bens e serviços. A presidente também se comprometeu em atuar de "forma intensa" para fortalecer a atuação da Organização Mundial do Comércio (OMC). "Temos consciência de que todos os países ao oferecer financiamento para exportações o fazem em condições favorecidas. O Brasil vai participar dessa luta de igual para igual", discursou Dilma, em solenidade no Palácio do Planalto.
"Seguiremos financiando exportação de serviços, como é usual nos grandes países. Mobilizaremos o nosso banco, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), e isso está amparado em normas legais", frisou a presidente.
Dilma disse que o Brasil é competitivo na exportação de serviços sobretudo engenharia, e que não "faz qualquer sentido desprezar essa fonte de renda". A presidente se comprometeu a abolir até o final deste ano o uso de papel nas operações de comércio exterior.
Mercado interno
Dilma afirmou ainda que o governo vai fazer do comércio exterior "elemento central da agenda de competitividade". "Não há contradição entre a ampliação do mercado interno e a conquista de mercados externos. Vamos seguir trabalhando para ampliar mercado interno, do consumo ao investimento", prometeu Dilma.
Assim como já havia afirmado o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, a presidente reiterou o compromisso do governo com a reforma do PIS/Cofins. "Temos compromisso de reformular o PIS/Cofins", assegurou Dilma.