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Estado de Minas

Mesmo com ajuste fiscal, ministro diz que exportações podem reaquecer economia


postado em 25/06/2015 14:46

As exportações podem ajudar a reanimar a atividade econômica brasileira, na atual fase de “ajuste fiscal severo”, na avaliação do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro.

“O comércio exterior é o canal absolutamente prioritário neste momento. Temos oportunidade porque o câmbio está nos favorecendo”, disse Monteiro, em audiência na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional no Senado, hoje. O ministro disse que a alta do dólar atenua desvantagens e é uma oportunidade para as empresas brasileiras.

O ministro disse também que é preciso fortalecer mecanismos de financiamento, com garantia, para incentivar mais as exportações. “O momento não é de muita euforia. Pelo contrário, as empresas estão confrontadas com um momento muito difícil. Estamos em momento difícil do próprio processo de ajuste. A gente já percebe as dores e ainda não vislumbra os benefícios. Mas não há outro caminho, se não buscar o equilíbrio macroeconômico”, acrescentou o ministro.


Na audiência, o ministro reconheceu que o setor industrial sofreu grande impacto com o aumento de preços da energia. “Mas olhando para frente, o Brasil tem que ter uma política de energia para a indústria, com custos compatíveis com o que temos no mercado internacional”, disse. Monteiro destacou deve ser ampliada a oferta de gás no país.

O ministro disse ainda que a economia brasileira ainda é muito fechada. Segundo ele, atualmente as exportações representam 20% do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país. “Há um espaço imenso para que o Brasil ocupe um lugar de maior protagonismo no comércio mundial.”

Ontem, o ministro lançou o Plano Nacional de Exportações (PNE). O objetivo é incentivar o aumento da participação do Brasil no comércio exterior nos próximos anos.

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior informou que o plano tem vigência até 2018, com uma série de ações cujo objetivo é incrementar as vendas externas a partir da ampliação do número de empresas no comércio exterior, inclusive com mais participação das micro, pequenas e médias empresas, e da diversificação da pauta. O foco são os produtos de maior densidade tecnológica, além de medidas para ampliar exportações do agronegócio e para recuperar as exportações de produtos manufaturados.

De acordo com o ministério, o Brasil é a sétima economia do mundo, mas ocupa o 25º lugar no ranking de exportações. Na elaboração do novo plano, o governo listou 32 países considerados prioritários para a ampliação das exportações brasileiras, entre mercados tradicionais – como os Estados Unidos – e emergentes.

Em 2014, de acordo com o governo, as exportações de produtos brasileiros somaram US$ 225,1 bilhões. Este ano, até o dia 22 de junho, segundo dados do ministério, os embarques ao exterior chegaram a US$ 88,331 bilhões e as compras externas, a US$ 87,417 bilhões, com saldo positivo de US$ 914 milhões na balança comercial.


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