Depois dos resultados surpreendentes do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio e do IPCA-15 de junho, ambos acima das estimativas, analistas consultados pelo Banco Central para o Relatório de Mercado Focus elevaram mais uma vez suas previsões para o índice. Pela 11ª rodada consecutiva, a estimativa para o indicador deste ano avançou de 8,97% da semana anterior para 9% agora. Há um mês, essa projeção estava em 8,39%. A projeção do Focus para 2015 é também a mesma do BC no último Relatório Trimestral de Inflação (RTI) que trouxe 9% de previsão no cenário de referência e 9,1% usando os parâmetros de mercado.
As expectativas para a inflação suavizada 12 meses à frente, em contraponto, foram reduzidas e passaram de 6,13% para 5,99%. Há quatro semanas, estavam em 5,99%. Para junho, as medianas das previsões passou de 0,68% para 0,72%. Há um mês estava em 0,40%. Já para julho, a estimativa apresentada na Focus aumentou de 0,40% para 0,41% de uma semana para outra - ante 0,31% de quatro edições atrás.
Para o fim de 2016, que é o foco de atuação do BC neste momento, a mediana das projeções para o IPCA se mantém inalterada há seis semanas consecutivas em 5,50% -- número superior que as previsões da autoridade monetária mais recentes: 4,8% no cenário de referência e 5,1% no de mercado.
No Top 5, grupo dos economistas que mais acertam as estimativas, também não houve refresco nas projeções para a inflação. Para este ano, a mediana das estimativas de 8,83% para 8,92%. Está maior do que a taxa aguardada há um mês, de 8,79%. No caso de 2016, houve estabilidade da previsão em 5,21%, menor do que a mediana apontada na pesquisa geral, de 5,50%. Quatro edições atrás, estava em 6,00%.