Lanchar fora de casa está pesando mais o bolso do consumidor em Belo Horizonte. É o que aponta pesquisa do site Mercado Mineiro, que consultou lanchonetes entre os dias 25 e 26 deste mês. Em todos os produtos pesquisados, a alta supera a inflação oficial do país dos últimos 12 meses até maio (8,47%), medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em um ano, o tradicional pão de queijo ficou 25,20% mais caro, ou seja, quase o triplo da inflação até maio (o dado de junho ainda não foi divulgado). No mesmo período do ano passado, o produto custava, em média, R$ 1,23 e saltou para R$ 1,54. No entanto, o maior aumento foi percebido no preço do Pingado, com variação de 31,03%, passando de R$ 0,87 para R$ 1,14.
O refresco subiu 21,68%, de R$ 1,43 para R$ 1,74. O suco de laranja também sofreu reajuste, de R$ 2,64 para R$ 3,20, evolução de 21,21%. O cafezinho está 21,05% mais caro, sendo que em junho de 2014 custava cerca de R$ 0,76 e atualmente custa cerca de R$ 0,92.
O diretor-executivo do Mercado Mineiro, Feliciano Abreu, explica que gastos com energia elétrica, aluguel e pessoal interferiram diretamente no aumento dos preços dos alimentos. "Cabe ao consumidor fazer as contas para saber quanto está gastando a mais no fim do mês, já que como o tempo é curto, muitos ao sairem de casa acabam parando na primeira lanchonete e se surpreendem com o preço cobrado pelo um lanche simples", disse.
Outra dica, segundo Abreu, é trocar de lanchonete e até mesmo pressionar os proprietários dos estabelecimentos. "Uma boa é trazer o lanche de casa de casa ou até mesmo passar nas lanchonetes do centro de Belo Horizonte ou comprar na padaria, que costumam oferecer preços mais em conta", ressalta.
Diferenças Entre as variações de preço, a maior, de 150%, foi verificada no pão de queijo, que pode custar de R$ 1 a R$ 2,50 na capital mineira. Um pingado sai por R$ 0,90 a R$ 1,70, diferença de 88,89%. O copo de café com leite apresentou a variação de 66,67%, vendido de R$ 1,20 até R$ 2.
Outros produtos que apresentaram variação significativa foram a garrafa de água mineral sem Gás (66,67%), o salgado simples (52,17%), suco de laranja ou vitamina ou lata de refrigerante (40%), garrafa de água mineral com gás (30%) e o refresco (30%). A pesquisa completa está disponível no site www.mercadomineiro.com.br.