Após ser internado na noite da última sexta-feira, 26, com um quadro de embolia pulmonar e mesmo contra as ordens médicas de viajar a Nova York para acompanhar a presidente Dilma Rousseff, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, decidiu seguir nesta segunda-feira, 29, de helicóptero para Washington. A escolha de Levy é decorrente do seu quadro de saúde, pois viagens de helicóptero têm uma altitude menor que as de avião. "O helicóptero sobe menos que o avião", afirmou o médico do ministro, o pneumologista Arthur Vianna.
Levy foi ao hospital na última quarta-feira, 24, com dores no peito e o primeiro diagnóstico foi de enfarte agudo no miocárdio. Na ocasião, o ministro foi medicado e liberado. Na sexta-feira, após resultado de uma tomografia, o diagnóstico foi alterado para um quadro de embolia pulmonar, que é a obstrução de artérias dos pulmões decorrente da formação de coágulos. Vianna afirma que aconselhou que o ministro não viajasse. "Eu contraindiquei a viagem e falei com ele sobre os riscos", reafirmou o médico.
Levy viajou no sábado, 27, à noite para integrar a comitiva da presidente, que partiu na manhã do mesmo dia para Nova York. Levy foi liberado do hospital na madrugada de sábado e passou o dia descansando em Brasília.
A rotina de trabalho do ministro é muito estressante e, nos últimos dias, alguns assessores comentaram que Levy estava mais nervoso que o normal. "Ele estava muito nervoso", afirmou uma pessoa próxima ao ministro. O dirigente da Fazenda costuma ter uma vida muito agitada.
Workaholic
Levy chega à sede da pasta antes das 9h da manhã e só vai embora depois das 2h da madrugada. Durante o dia, o ministro tem uma intensa agenda e, diversas vezes, não realiza as refeições.
Assim que chegar ao Brasil, Levy deve passar por novos exames e por uma nova avaliação médica.