O consumo de energia elétrica no Brasil caiu 2,2% em maio em relação ao mesmo mês do ano passado, totalizando 38.196 gigawatts-hora (GWh). No acumulado do ano, a queda no consumo foi 0,9%. Em 12 meses houve um pequeno crescimento do consumo de 0,2%, de acordo com dados divulgados hoje, pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia. O único setor que registrou aumento do consumo de energia em maio (0,5%) foi o de comércio e serviços, em função da expansão de 7,7% na Região Nordeste.
Já o consumo industrial teve retração de 4,2% em maio, em comparação a maio de 2014. Dos 36 setores industriais analisados, apenas oito tiveram aumento na demanda de energia. A maior queda (-13,7%) foi observada no setor automobilístico, como reflexo da redução de 25,3% na produção de automóveis apontada pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). O setor metalúrgico teve a segunda maior redução do consumo de energia elétrica, de 10,7%. As indústrias extrativa mineral e de papel e celulose apresentaram os consumos mais significativos do mês, 8,9% e 8,2%, respectivamente.
Segundo Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica da EPE no setor residencial também houve queda no consumo de energia de 2,5%, acompanhando a retração de 4,2% na Região Sudeste e de 4,5% no Sul para esses consumidores. A queda do poder aquisitivo das famílias, somada ao aumento das tarifas de eletricidade aplicado em todas as distribuidoras explicam o resultado registrado no mês, informou a EPE.
O consumo de energia elétrica em maio, por região, mostrou queda de 3,9% no Sudeste, devido ao enfraquecimento da atividade industrial. O consumo caiu, também, 1,3% no Norte; 0,9% no Sul e 0,4% no Centro-Oeste. A única região que apresentou aumento do consumo foi o Nordeste (0,3%).