Rio - A inflação percebida pelos idosos encerrou o segundo trimestre de 2015 num patamar menor do que o observado no período anterior. A taxa acumulada entre abril e junho foi de 2,46%, ante aumento de 4,16% no primeiro trimestre deste ano, em função principalmente da trégua nas tarifas energia elétrica, aponta a Fundação Getúlio Vargas (FGV), que divulgou nesta segunda-feira, 13, o Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i).
Ao todo, quatro das oito classes de despesa que formam o IPC-3i perderam força no trimestre. A principal contribuição partiu do grupo Habitação (6,88% para 2,53%). Segundo a FGV, as tarifas de eletricidade residencial avançaram 2,91%, desempenho bem aquém do verificado no primeiro trimestre, quando ficaram 35,11% mais caras. O condomínio, por sua vez, subiu 3,85%, a maior influência positiva individual no índice do segundo trimestre (0,23 pp), mas também uma alta menor do que no período anterior.
Contribuíram ainda para a desaceleração do IPC-3i os grupos Transportes (4,98% para 0,69%), Alimentação (4,31% para 2,34%) e Comunicação (0,38% para 0,26%). Para cada uma dessas classes de despesa, destacam-se gasolina (9,85% para -0,04%), frutas (7,36% para -7,27%) e mensalidade para TV por assinatura (3,74% para 1,89%), respectivamente.
No sentido contrário, ganharam força os grupos Saúde e Cuidados Pessoais (1,59% para 3,47%), Despesas Diversas (3,65% para 9,31%), Vestuário (-0,64% para 1,98%) e Educação, Leitura e Recreação (2,10% para 2,73%). Os itens que contribuíram para esses movimentos foram medicamentos em geral (0,38% para 6,08%), jogo lotérico (0,00% para 55,92%), roupas femininas (-1,89% para 2,46%) e passagem aérea (-19,19% para 12,35%), respectivamente.
O IPC-3i representa o cenário de preços sentido em famílias com pelo menos 50% dos indivíduos de 60 anos ou mais de idade e renda mensal entre 1 e 33 salários mínimos.