Policiais e manifestantes anti-austeridade se enfrentam do lado de fora do Parlamento da Grécia, em Atenas, enquanto os congressistas discutem as medidas do plano de ajuda internacional. O batalhão de choque da polícia usou spray de pimenta e bombas de gás lacrimogêneo para dispersar jovens que, do meio da multidão, atiravam coquetéis molotov e pedras contra as autoridades.
A polícia disse que cerca de 12 mil pessoas participam da manifestação da Praça Sintagma. Os confrontos eclodiram assim que os legisladores começaram a debater as medidas de austeridade acordadas com líderes da zona do euro, que inclui aumento de impostos de consumo e reformas das pensões.
No Parlamento, o ministro de Finanças da Grécia, Euclid Tsakalotos, disse que teve de tomar uma decisão difícil na segunda-feira e que ainda não tinha certeza ainda se foi a decisão certa. "Espero que todos pensem no que é bom para a população grega", disse aos parlamentares.
Já a presidente do Pasok, de oposição ao governo da Grécia, Fofi Gennimata, disse que o acordo oferecido pelos credores internacionais do país "é ruim, mas mantém a Grécia de pé".
"O acordo precisa ser aprovado para que tenhamos um futuro sustentável para a Grécia", disse Gennimata. "É tempo de pararmos de falar e começarmos a conseguir resultados", acrescentou. Segundo Gennimata, um voto hoje a favor do acordo não é um voto de confiança no governo de Tsipras, mas sim de confiança no país.