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Estado de Minas

Mercado caiu na real, diz diretor do Secovi-SP sobre queda no aluguel


postado em 22/07/2015 17:55

Novos contratos de locação de imóveis residenciais na capital paulista estão mais baratos do que há um ano, revela pesquisa do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP). É a primeira vez que o índice fica negativo desde 2005, quando teve início o levantamento. Em junho, o valor dos contratos assinados caiu 1% no acumulado de 12 meses. Em relação a maio, também houve queda de 0,9%.

“O mercado imobiliário caiu na realidade da locação”, afirmou o diretor de Gestão Patrimonial e Locação do sindicato, Mark Turnbull. A inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que é usada para reajustar 95% dos contratos, por sua vez, registra alta de 5,6% nos últimos 12 meses. Para Turnbull, o distanciamento entre o índice e o valor de mercado deve-se a maiores negociações entre proprietários e inquilinos. “Do lado do proprietário, que tinha a ideia de anos anteriores, com valores subindo, achando que teria valores cada vez maiores, [isso] não ocorreu, pela situação macroeconômica. Ele começou a cair na realidade, a ser mais flexível e realista”, acrescentou.


Na opinião de Turnbull, a situação atual é mais favorável ao inquilino, mas também não está tão ruim para os proprietários. Eles estão conscientes de que, se quiserem ter renda, terão que baixar o preço de locação e garantir renda menor do que vinham tendo, disse o diretor do Secovi-SP. De acordo com ele, mesmo alugando por valor mais baixo do que o esperado, o proprietário fica desobrigado de despesas como Imposto sobre Propriedade Territorial Urbana (IPTU) e condomínio, que ficam a cargo do inquilino. “O Importante é manter fluxo positivo mensal.”

Segundo Turnbull, a tendência de queda para locação de imóveis na cidade de São Paulo deve continuar. Ele acredita ainda que a redução de crédito para financiamento imobiliário e o aumento das exigências pelos bancos devem contribuir para que a demanda pelo aluguel permaneça.

A pesquisa mostra ainda que 47,5% dos contratos foram fechados com fiador, seguido por depósito (33,5%) e seguro-fiança (19%). As unidades com um quarto foram alugadas mais rapidamente: 19,1 dias para casas com um dormitório e 25,8 dias para apartamentos na mesma condição. As unidades com três quartos, por outro lado, demoraram entre 47 e 52 dias para serem alugadas.


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