São Paulo, 23 - O Bradesco afirma no seu boletim diário matinal, divulgado nesta quinta-feira, 23, que as novas metas de superávit primário para este ano e os dois próximos estão pautadas "pelo realismo e pela transparência frente às frustrações com o desempenho da arrecadação, não implicando uma suavização planejada do ajuste da política fiscal".
Segundo o banco, o principal motivo para a revisão das metas foi a frustração das receitas tributárias, resultado do enfraquecimento da atividade econômica, e a rigidez das despesas obrigatórias. O Bradesco, grupo onde o ministro Joaquim Levy trabalhou antes de ir para o governo, lembra ainda que há a possibilidade de abatimento de R$ 26,4 bilhões, caso as receitas extraordinárias esperadas não se concretizem - como a regularização de ativos no exterior, a recuperação de débitos em atraso e as concessões. "Nesse caso, a meta poderia ser reduzida dos atuais R$ 8,7 bilhões (0,15% do PIB) para um déficit de R$ 17,3 bilhões (-0,3% do PIB)".