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Estado de Minas ECONOMIA QUE CRESCE

Mesmo com a crise, setor de beleza e estética deve movimentar R$ 9 bi em 2015

Cliente dá prioridade a gastos com o corpo e setor é o promissor entre as empresas em expansão. Segmento que lida com a aparência quer crescer 160% no país em 2015.


postado em 26/07/2015 07:00 / atualizado em 26/07/2015 08:08

Bruno Vargas conta que a retração da economia ajudou na negociação da compra de equipamentos para a clínica Inovatto(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
Bruno Vargas conta que a retração da economia ajudou na negociação da compra de equipamentos para a clínica Inovatto (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)

Com expectativa de crescer surpreendentes 160% no país, o setor de beleza e estética deve movimentar uma bolada acima de R$ 9 bilhões neste ano. Em 2014, quando o faturamento estava em R$ 3,5 bilhões, a taxa de expansão da atividade ficou em 148%, incluindo o desempenho de serviços de estética facial, corporal e venda direta de produtos para home care. Os números são do Sindicato dos Empregadores em Empresas e Profissionais Liberais em Estética e Cosmetologia do Estado de São Paulo (Sindestética), que traça um cenário tão otimista em função da mudança dos hábitos dos brasileiros. “Estética deixou de ser apenas uma questão de beleza e passou a representar saúde e bem-estar. A população está cada vez mais preocupada com isso”, afirma a presidente do Sindestética, Daniela Lopez.

A despeito da crise econômica, os tratamentos estéticos continuam em alta e, para não deixar de se cuidar, os consumidores estão optando por tratamentos mais rápidos, com duas ou três sessões. “As pessoas diminuíram a ida às clínicas, mas não deixaram de se cuidar. Em outro cenário, veríamos a busca por pacotes de tratamentos estéticos com 10, 15 sessões ou mais”, afirma. Para especialistas de mercado, o crescimento do setor é alavancado pela inserção da mulher no mercado de trabalho e a sua condição de chefe de família, a ascensão da classe C e o ingresso do público masculino nesse mercado.

Ainda de acordo com o Sindestética, Minas Gerais é o segundo estado que mais apresenta crescimento do número de empresas no ramo e das vendas de home care. Não foi por outro motivo que o médico dermatologista Bruno Vargas decidiu investir na criação de um espaço maior para a clínica de dermatologia estética Inovatto, no Bairro Lourdes, na Zona Sul de Belo Horizonte. Com investimento de R$ 3 milhões, ele e os sócios aplicaram recursos na tecnologia a laser para atender o público, cuja demanda dobrou nos últimos 12 meses. “A expectativa é de crescimento de 30% neste ano com o novo espaço. O brasileiro é vaidoso e não deixa de se cuidar”, afirma.

Pesquisa realizada no ano passado pela empresa Mintel, Hábitos de Gastos do Consumidor, mostra que nada menos que 42% dos consumidores das classes média e AB compraram mais produtos de higiene pessoal, beleza e cosméticos em relação ao ano anterior. Dados da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec) mostram que o Brasil está em terceiro lugar no ranking de consumo de produtos estéticos, atrás de Estados Unidos e China. O setor também teve crescimento médio de 10% ao ano nas últimas duas décadas, chegando a faturar R$ 43,2 bilhões em 2014, cifra que significou aumento de 32% na procura por serviços estéticos em relação a 2013.

O sócio-diretor da clínica Inovatto observa que a retração da economia ajudou a conter os preços na hora da negociação de equipamentos, além do material de construção e o aluguel do espaço onde a empresa funciona. “Com a crise afetando os outros setores, conseguimos negociar os produtos com preços bem mais em conta”, disse. (FM)


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