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Estado de Minas POLÍTICA MONETÁRIA

Mercado está dividido sobre alta da taxa básica de juros

Analistas apostavam em incremento de 0,25 ponto na taxa, mas nova meta fiscal elevou algumas previsões para 0,5


postado em 27/07/2015 07:32

Brasília – A semana começa com suspense sobre a próxima decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que se reúne amanhã e quarta-feira. A expectativa é que os nove diretores do órgão elevem os juros pela sétima vez seguida, mas especialistas ainda estão divididos em relação ao tamanho do aumento na taxa básica da economia (Selic), atualmente em 13,75% ao ano.

As apostas de que o BC seria obrigado a ser mais duro e fazer um novo aumento de 0,50 ponto percentual, para compensar o afrouxamento da área fiscal, estavam crescendo na última sexta-feira. No entanto, havia uma probabilidade maior de essa próxima elevação ser de 0,25 ponto percentual, porque a economia está muito fraca e os analistas acreditam que um aperto maior nos juros encolheria ainda mais o Produto Interno Bruto (PIB), que já não tem perspectivas animadoras.


No começo da semana passada, as previsões estavam convergindo para uma alta de 0,25 ponto percentual e chegaram a quase 90% das apostas antes de quarta-feira, quando o governo anunciou a redução da meta de superavit primário de R$ 66,3 bilhões (1,1% do PIB) para apenas R$ 8,7 bilhões (0,15% do PIB), muito abaixo das previsões do mercado de 0,6% do PIB para o resultado fiscal deste ano. Essa mudança drástica provocou uma reviravolta nas projeções. Logo, as apostas em 0,50 ponto começaram a se multiplicar.

O economista-chefe da Sul América Investimentos, Newton Rosa, explicou que, no início da semana, o diretor de Assuntos Internacionais do BC, Tony Volpon, havia sinalizado que o BC poderia interromper o ciclo de alta na próxima reunião do Copom, mas Awazu fez o oposto, e ainda reconheceu que a mudança da meta de superávit gera mais dificuldades para o controle de expectativas da inflação. “O BC está dando sinais contrários. É possível que o Copom eleve a Selic em 0,25 ponto, mas

O economista do Itaú Unibanco Caio Megale contou que o banco mudou a projeção para 0,25 após as declarações de Volpon e resolveu mantê-la mesmo com a nova meta de superávit. “Os dados de atividade estão muito fracos. O BC deve interromper esse ciclo de alta de juros agora em julho e ele ficará observado o resultado para deixar espaço para atuar só em 2016 reduzindo os juros”, afirmou.


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