O indicador da Serasa Experian de inadimplência das empresas subiu 0,1% em junho ante maio e saltou 19,2% na comparação com junho do ano passado. No acumulado do primeiro semestre, houve alta de 12,9% ante igual intervalo de 2014, o maior avanço nesta base de comparação desde 2012.
Segundo os economistas da Serasa, a elevação da inadimplência na comparação interanual deve-se ao cenário de deterioração da atividade econômica, que continua impactando negativamente as empresas, seja pela redução da geração de caixa ou pelo aumento do custo de capital.
Na decomposição do indicador, as dívidas não bancárias foram as que mais pesaram para a leve alta do índice na margem, com crescimento de 4,8% e contribuição de 1,8 ponto porcentual para o indicador geral. A inadimplência com os bancos subiu 1,3% em junho ante maio e contribuiu com 0,3 ponto porcentual. Já os cheques sem fundos e os títulos protestados caíram 8,8% e 2,4% e contribuíram negativamente com 1,4 ponto porcentual e 0,6 ponto porcentual, respectivamente.
O valor médio dos títulos protestados avançou 11,7% no acumulado do primeiro semestre, para R$ 2.452,20. Já o valor dos cheques sem fundo subiu 10,4%, para R$ 2.458,67. O valor médio das dívidas não bancárias cresceu 0,7%, para R$ 863,68. Já no caso das dívidas com bancos a quantia média recuou 17,1%, para R$ 4.140,88.