A Força Sindical criticou nesta quarta-feira a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa básica de juros da economia brasileira em 0,5 ponto porcentual, para 14,25% ao ano. Para a entidade, a alta "é extremamente perversa com os trabalhadores".
"Avaliamos que o 'custo social e econômico' do uso da Selic no controle da inflação tem se revelado ineficiente e com um custo social muito alto para o País. Infelizmente, os dados da economia são pouco animadores. E a postura conservadora, por parte do governo, vem minando qualquer esperança de sua recuperação ainda para este ano", cita o texto, assinado pelo presidente da Força Sindical, Miguel Torres.
Para a entidade, há uma política "de se curvar aos especuladores", resultando em queda da atividade econômica, deteriorando o mercado de trabalho e a renda, aumentando o desemprego, diminuindo a capacidade de consumo das famílias e comprometendo o crescimento econômico.
"Ao contrário da pregação dos rentistas, os trabalhadores consideram fundamental que o Comitê de Política Monetária continue perseguindo a meta de fazer a taxa de juros brasileira convergir com a praticada internacionalmente. O que exige cortes na taxa Selic, e não seu aumento", cita a nota da Força Sindical.