Pela 16ª rodada consecutiva, a perspectiva para a inflação de 2015 foi revisada para pior. A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano avançou de 9,23% da semana anterior para 9,25% agora. Há um mês, essa projeção estava em 9,04%. No Relatório Trimestral de Inflação de junho, o Banco Central havia apresentado estimativa de 9% no cenário de referência e de 9,1% usando os parâmetros de mercado.
A mediana das projeções para o IPCA de 2016, no entanto, ficou estancada nesta segunda-feira, no Relatório de Mercado Focus, divulgado há pouco pelo BC. O ponto central da pesquisa permaneceu em 5,40%. Há um mês, estava em 5,45%.
O fim de 2016 é o foco da autoridade monetária neste momento, já que promete entregar a inflação no centro da meta daqui a pouco mais de um ano. Pelos cálculos da instituição revelados no Relatório Trimestral de Inflação, o IPCA ficará em 4,8% em 2016 no cenário de referência e em 5,1% no de mercado. A luta do BC no momento é tentar convencer o mercado de que chegará ao centro da meta em 2016.
No Top 5, grupo dos economistas que mais acertam as estimativas, a mediana das estimativas para o IPCA de 2015 passou de 9,12% para 9,27%. A nova previsão também está maior do que a de há um mês, quando estava em 9,04%. No caso de 2016, a previsão passou de 5,27% para 5,41%. Quatro semanas antes estava em 5,21%.
Para a inflação de curto prazo, o IPCA de julho na pesquisa Focus ficou estável em 0,58% de uma semana para outra - ante 0,43% de quatro edições atrás. No caso de agosto, a taxa estimada permaneceu em 0,30% no período. Já as expectativas para a inflação suavizada 12 meses à frente foram reduzidas pela sexta semana seguida e passaram de 5,76% para 5,67%. Há quatro semanas, estavam em 5,92%.