O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) avançou 0,3% em julho ante o mês imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com isso, o índice atingiu 65,9 pontos. Em junho, o IAEmp havia caído 1,1%.
Este é o quinto mês consecutivo em que o indicador se mantém em níveis comparáveis aos do pior momento da crise internacional de 2008-2009. Segundo a instituição, apesar de uma alta sinalizar possíveis contratações, o resultado é insuficiente para sinalizar reversão na tendência de desaquecimento do mercado de trabalho.
"Os indicadores de mercado de trabalho mostram a continuidade do afrouxamento do mercado de trabalho nos próximos meses, sob influência da deterioração da percepção pelos trabalhadores de renda baixa e média e pela continuidade da piora das expectativas em relação à situação dos negócios no setor de serviços, que deve continuar gerando demissões", avaliou o economista Rodrigo Leandro de Moura, pesquisador da FGV, em nota.
As maiores contribuições para a leve alta do IAEmp em julho vieram do indicador que retrata as expectativas com a tendência dos negócios na indústria nos seis meses seguintes (4,9%) e do índice que mede a situação atual do setor de serviços (3,8%). Por outro lado, o indicador que mede a percepção dos empresários de serviços sobre a tendência dos negócios nos seis meses seguintes recuou 5,7%, o que impediu um avanço maior do resultado agregado.
O IAEmp é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País.