A Usiminas registrou prejuízo líquido de R$781 milhões no 2T15, contra prejuízo líquido de R$235 milhões no 1T15. O número reflete, principalmente, uma baixa contábil na unidade de Mineração (impairment do ativo), motivada pela manutenção das expectativas desfavoráveis dos preços de minério de ferro no mercado internacional.
Desde o início de 2015, evidenciou-se queda significativa dos preços internacionais de minério de ferro. Diante deste cenário, a Companhia reconheceu uma redução no valor dos seus direitos minerários. Assim, com base em projeções de mercado, o valor em uso na Mineração Usiminas foi atualizado para refletir as melhores estimativas da Companhia sobre o preço futuro do minério, o que impactou no resultado líquido consolidado do 2T15.
Já o EBITDA ajustado da Usiminas (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$227,2 milhões no 2T15, 40,1% inferior ao apresentado no 1T15. A performance reflete a queda contínua na demanda por aços planos no Brasil. Os setores consumidores de produtos siderúrgicos tiveram, em geral, um desempenho pior na comparação 2T15 x 1T15. No setor automotivo, por exemplo, a produção de veículos caiu 8% no período (dados da Anfavea). Já as vendas de aços planos no setor de distribuição desabaram 16% na mesma comparação (dados do INDA).
Com o objetivo de equilibrar produção com vendas, as usinas de Ipatinga-MG e Cubatão-SP produziram 1,3 milhão de t de aço bruto no 2T15, uma redução de 3,8% em relação à do 1T15.
A produção de minério de ferro totalizou 1,0 milhão de t na Mineração Usiminas, 30,9% a menos que o 1T15. A partir do consumo de parte dos estoques, as vendas foram de 1,2 milhão de t. O volume foi destinado às próprias usinas siderúrgicas da Companhia e ao mercado de gusa local, representando um aumento de 5,9% em relação ao 1T15.