A desaceleração do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em julho veio acompanhada por seis dos nove grupos investigados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado geral de 0,62% no mês passado foi menor do que a alta de 0,79% em junho, segundo o IBGE.
O IBGE apontou desacelerações em Vestuário (0,58% para -0,31%), Transportes (0,70% para 0,15%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,91% para 0,84%), Educação (0,20% para 0,00%) e Comunicação (0,34% para 0,30%).
Nas Despesas Pessoais, a alta de 0,61% também foi menor do que em junho (1,63%), em função do fim do impacto do reajuste nas apostas das loterias. Porém, ficaram mais caros serviços bancários (2,25%), empregado doméstico (0,61%), cabeleireiro (0,76%) e manicure (0,64%).
Já as acelerações vieram de Alimentação e Bebidas (0,63% para 0,65%) e da Habitação (0,86% para 1,52%), neste último por causa do reajuste na energia elétrica e nas taxas de água e esgoto. Além disso, ganharam força os Artigos de Residência (0,72% para 0,86%), com vários itens em alta. Entre eles, conserto de equipamentos domésticos (1,03%), TV, som e informática (1,00%) e mobiliário (0,94%).
Regiões
A inflação já supera os dois dígitos em quatro das 13 regiões pesquisadas pelo IBGE. Apesar de, na média nacional o IPCA acumular alta de 9,56% em 12 meses até julho, em alguns locais esse resultado já é maior.
O índice supera os 10% em Curitiba (10,63%), Goiânia (10,26%), Porto Alegre (10,19%) e no Rio de Janeiro (10,18%). Outras cinco regiões sustentam inflação acima de 9%, enquanto apenas Belo Horizonte, Brasília, Salvador e Vitória apresentam índice na casa de 8%.