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Estado de Minas

Dólar fecha em baixa recuando a R$ 3,50 com desvalorização de 0,83%

Em semana tensa, moeda americana permaneceu acima do patamar de R$ 3,50, que foi rompido ontem, quando fechou em R$ 3,53. Apesar do refresco desta sexta, dólar subiu 2,44%


postado em 07/08/2015 16:31 / atualizado em 07/08/2015 17:36

Depois de seis sessões em alta o dólar fechou em baixa nesta sexta-feira, a R$ 3,50, recuo de 0,83%. Em uma semana tensa, a moeda americana permaneceu acima do patamar de R$ 3,50, que foi rompido ontem, quando  fechou em R$ 3,53. Apesar do refresco de hoje, na semana, o dólar subiu 2,44%. No ano, a valorização acumulada frente ao real é de 31,95%.
 

Dólar e inflação A recente valorização do dólar ainda está sendo sentida de forma muito incipiente na inflação, mesmo no atacado, destacou nesta sexta-feira, 07, o superintendente adjunto da Superintendência de Preços do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV), Salomão Quadros. Mais cedo, a FGV informou que o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) avançou 0,58% em julho, após subir 0,68% em junho, com destaque para os preços dos produtos agropecuários no atacado, que subiram 1,02% em julho, após alta de 0,15% em junho.

Embora os preços dos produtos agropecuários no atacado sejam influenciados pelo dólar, pois muitos são atrelados às cotações internacionais de commodities agrícolas, Quadros explicou que as altas recentes têm mais a ver com questões climáticas. "Não posso descartar que tenha câmbio, mas sei que há outros fatores sobre a soja e o farelo", afirmou Quadros.

Os preços da soja e do milho ganharam força em julho e pressionaram a inflação atacadista no IGP-DI. Aceleraram os preços da soja em grão (0,89% para 6,51%), do milho em grão (-2,55% para 5,12%) e do farelo de soja (-1,74% para 9,88%).

Segundo Quadros, mais relevante do que o câmbio para essas acelerações em julho foram as cotações das commodities agrícolas na Bolsa de Chicago. O destaque foi a soja, que tem subido nos últimos meses por causa de especulações em torno da safra americana, que está em fase final de plantio, quase entrando na colheita. Neste momento, riscos associados ao clima geram volatilidade nas cotações.

Para expurgar os efeitos da volatilidade das cotações de commodities agrícolas sobre a inflação no atacado, Quadros faz um cálculo comparativo. No item "Materiais para manufatura", houve aceleração de uma deflação de 0,26% em junho para inflação de 0,87%. Quando o item é calculado sem os materiais agropecuários, a aceleração passa de -0,19% em junho para 0,1%.

"O efeito do câmbio está começando, um pouco nos insumos químicos, mas está muito no início e não se sabe se (a valorização do dólar) veio para ficar. Em agosto, esse número vai aparecer mais", afirmou Quadros.


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