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Estado de Minas

Metalúrgicos da GM entram em greve contra demissões

Pelo menos 250 metalúrgicos teriam sido informados no último sábado, por telegrama, do seu desligamento da empresa


postado em 10/08/2015 11:06 / atualizado em 10/08/2015 11:15

(foto: Reprodução/Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região)
(foto: Reprodução/Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região)

Os metalúrgicos da fábrica da General Motors (GM), em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, iniciaram nesta segunda-feira greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada em assembleia, no começo da manhã e tem o objetivo de pressionar a montadora para abrir negociações e rever as demissões anunciadas, no último sábado.

De acordo o sindicato da categoria, compareceram à assembleia mais de 4 mil trabalhadores dos 5,2 mil que atuam na unidade onde são produzidos os modelos S10 e Trailblazer, além de motores, transmissão e kits para exportação (CKD). O número exato de demitidos ainda não foi informado pela GM, mas pelo menos 250 metalúrgicos teriam sido informados por telegrama do seu desligamento da empresa.

Para esta segunda estava previsto o retorno de 798 empregados que estavam afastados pelo sistema lay-off (suspensão temporária dos contratos do trabalho) desde o último dia 9 de março. Estes metalúrgicos não estão entre os demitidos porque têm estabilidade garantida por mais três meses.

“Fomos surpreendidos na véspera do Dia dos Pais com essa ação unilateral da GM e queremos que esse processo seja revertido porque a montadora ainda tem muita gordura para queimar”, justificou Renato de Almeida, secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos.

Ele informou que pretende pedir uma reunião com a diretoria da GM para discutir uma solução para crise no emprego. Segundo o sindicalista, de janeiro até agora, as montadoras instaladas no Brasil já cortaram mais de 8 mil postos de trabalho. “Não podemos aceitar que os trabalhadores sejam penalizados e que paguem o preço dessa crise política e econômica”, defendeu.

O líder sindical afirmou que além dos piquetes para convencer os metalúrgicos dos demais turnos a cruzarem os braços, a categoria poderá fazer também passeatas.


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