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Estado de Minas

Fabricante mineira de pão de queijo quer entrar na bolsa

Forno de Minas pede registro de companhia aberta, opção usada por empresas que buscam expansão


postado em 14/08/2015 06:00 / atualizado em 14/08/2015 07:35

Unidade fabril de Contagem exporta para os Estados Unidos e a Europa(foto: Cristina Horta/EM/D.A Press 2013 8/8/14 )
Unidade fabril de Contagem exporta para os Estados Unidos e a Europa (foto: Cristina Horta/EM/D.A Press 2013 8/8/14 )
Líder no mercado brasileiro de consumo de pão de queijo, a Forno de Minas apresentou pedido de registro de companhia aberta à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), para permitir à empresa lançar ações em bolsa. O processo está em análise na autarquia, que não divuga detalhes. Procurada, a Forno de Minas não quis comentar a decisão. Os principais motivos que levam empresas a partir para uma abertura de capital costumam ser a estratégia de captar recursos para expansão sem ter de pagar os altos juros cobrados pelos bancos e a tentativa de dar visibilidade ao negócio no Brasil e no exterior.

A Forno de Minas foi fundada em 1990 pela família Mendonça, sob o comando da matriarca Dalva e dos filhos Helder e Hélida. Dois anos depois, o empresário Vicente Camiloti se junta ao negócio, ampliando a produção consideravelmente. Em 1999, a empresa é adquirida pela multinacional do setor de alimentos Pillsbury. Depois de 10 anos da transação, a família readquire a empresa e contrata todos os funcionários demitidos meses antes.

Com a folgada liderança nas vendas internas de pão de queijo, a fábrica de Contagem, na Grande Belo Horizonte, exporta para Estados Unidos, Portugal, Inglaterra, Uruguai e Chile. A empresa expandiu a linha de produtos e ingressou no sofisticado segmento de massas frescas congeladas. A provável oferta inicial de ações (IPO na sigla em inglês) pode dar novo fôlego à Forno de Minas, mas o sucesso da operação vai depender dos rumos da economia, ante a desconfiança dos investidores, observa o economista e professor de finanças Paulo Vieira.

“A economia brasileira passa por um período difícil e potenciais investidores têm pouca bala na agulha para investir”, afirma o especialista. A companhia aérea Azul, por exemplo, arquivou esta semana processo em órgão similar à CVM dos Estados Unidos para iniciar oferta pública. A empresa já havia desistido de dar andamento também no Brasil. Um processo de abertura para lançamento de ações, no entanto, requer pelo menos seis meses de trabalho e análise de documentos e práticas das empresas envolvidas.


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