A MRV Engenharia e Participações S/A apurou a maior receita líquida total da história da companhia, de R$ 1,307 bilhão, no segundo trimestre do ano. O resultado, divulgado ontem, superou em 25,4% a cifra contabilizada de janeiro a março e em 29% o montante registrado de abril a junho de 2014. O bom desempenho se deve à manutenção de uma demanda forte e associada, principalmente, ao programa Minha casa, minha vida, de subsídio à moradias para a população de baixa renda, combinada ao bom ritmo de construção, que já vinha acompanhando as vendas concretizadas, informou o o diretor-executivo de finanças da MRV, Leonardo Guimarães Corrêa.
O lucro líquido da companhia alcançou R$ 159 milhões no segundo trimestre, representando aumento de 50,3% na comparação com o ganho de janeiro a março e o lucro por ação subiu 51% frente ao primeiro trimestre. Outro destaque do balanço, segundo Leonardo Corrêa, foi a geração de R$ 154 milhões de abril a junho, mantida há mais de 12 trimestres seguidos.
As vendas no consolidado, num total de R$ 1,431 bilhão, cresceram 3,5% ante o primeiro trimestre, mas apresentaram queda de 5,9% frente ao período de abril a junho de 2014. “O ambiente da economia é desafiador, mas a despeito de ventos contrários temos alcançado bons resultados”, afirma o diretor de finanças da MRV. A performance da companhia refletiu, ainda, de acordo com o executivo, o esforço na busca de eficiência dos processos de construção e, na área comercial, dos repasses realizados utilizando de forma preponderante os recursos provenientes do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
“É um trabalho diário e o lado positivo da crise econômica é que fica mais fácil manejar os custos”, observou Leonardo Corrêa. A manutenção das condições do crédito direcionado à compra da casa própria pela população de baixa renda e a atuação bem distribuída da companhia do ponto de vista geográfico, em 130 cidades de vários estados, contribuíram para o resultado do segundo trimestre.
Prova da visão de longo prazo que a empresa tem do mercado, o banco de terrenos teve expansão no trimestre analisado. A companhia se beneficiou de condições favoráveis para a compra de áreas, em sua maioria adquiridas na modalidade permuta ou mediante pagamento parcelado e condicionado à aprovação de projetos. O diretor de finanças da MRV diz que a construtora aposta no sucesso da terceira etapa do programa Minha casa, minha vida,responsável por 85% do negócio da companhia.
Cemig lucra R$ 534,3 bi A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) divulgou ontem lucro líquido de R$ 534,264 milhões obtido no segundo trimestre, que representa queda de 27,9% quando comparado a idêntico período do ano passado. No balanço do primeiro semestre do ano, o ganho foi de R$ 2,018 bilhões, 1,4% a mais na comparação com os mesmos meses de 2014. O Ebitda (lucro antes de impostos, juros, amortização e depreciação) atingiu R$ 1,232 bilhão no segundo trimestre, uma retração de 21,66% na mesma base do ano passado, e
R$ 3,811 bilhões de janeiro a junhjo, com crescimento de 3,77%. A receita líquida aumentou 14,7% na comparação trimestral, ao somar R$ 5,392 bilhões entre abril e junho. No acumulado do ano, totalizou R$ 11,241 bilhões, alta de 19,4% em relação a 2014.
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