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Estado de Minas

Luz mais cara reduz consumo de energia e lucro da Cemig

Ajuste dos hábitos frente à disparada da tarifa reduziu o consumo de energia no estado em 8% e foi um dos itens de impacto no lucro da Cemig


postado em 20/08/2015 06:00 / atualizado em 20/08/2015 07:19

Depois de receber a conta de luz com reajustes que acumulam alta de 50% este ano, o consumidor mineiro desligou eletrodomésticos, trocou as lâmpadas por modelos mais econômicos, passou a ficar menos tempo no banho. O ajuste dos hábitos frente à disparada da tarifa reduziu o consumo de energia no estado em 8% e foi um dos itens de impacto no lucro da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). O resultado de R$ 534 milhões registrado no segundo trimestre veio 27,9% menor que no mesmo período do ano passado.

A correção na conta de energia corresponde a quase cinco vezes a inflação medida pelo IBGE, nos últimos 12 meses, de 9,8%. Apesar da redução de custos com desligamento de parte das térmicas, o alívio no bolso do brasileiro ainda depende das chuvas e do nível dos reservatórios. A expectativa é que a partir do início do ano que vem, o preço seja reduzido.


Apesar de a receita líquida da Cemig ter alcançado R$ 5,4 bilhões no segundo trimestre, alta de 14,7% frente ao mesmo período do ano passado, o lucro da companhia sentiu os efeitos da crise financeira e hídrica. O preço da energia comercializada no mercado foi depreciado. “No primeiro semestre do ano passado a energia era comercializada por R$ 800 o megawatt/hora (MWh), esse ano chegou a R$ 300”, diz o diretor de Relações Institucionais e Comunicação da empresa, Luiz Fernando Rolla. “O aumento da inflação e a alta da taxa de juros que atinge 14,75%, também afetou nossos resultados”, completou o executivo.

A crise hídrica restringiu a geração de energia por parte das usinas hidrelétricas, e também impactou o caixa da companhia.

USINAS No semestre, o lucro da Cemig atingiu R$ 2 bilhões, alta de 1,4% em relação ao primeiro semestre do ano passado. O foco na redução do custo da dívida é parte da estratégia da companhia para financiar projetos com capital próprio. A Cemig também deve ir às compras e tem interesse em ativos da Petrobras. “Nos próximos meses deve ser anunciada a venda de ativos de geração térmica da Petrobras, que a Cemig tem interesse”, reforçou Rolla.

No dia 30 de outubro o governo federal vai realizar leilão de 29 usinas que pertenciam às companhias: Cemig, Cesp Copel, Celesc e Celg, divididas em seis lotes. Entre elas, a usina de Três Marias. A medida está prevista na MP 688/2015. O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, informou que a União espera arrecadar R$ 17 bilhões na licitação. O vencedor deve apresentar combinação entre maior bônus e menor tarifa. Luiz Fernando Rolla informou que a Cemig vai avaliar nos próximos dias as regras e definir se vai participar do leilão.

Gasoduto em banho-maria


Apesar de já ter consumido R$ 1,2 bilhão as obras da fábrica de amônia em Uberaba, estão sem perspectivas para serem retomadas. O investimento foi congelado pela Petrobras. Segundo Luiz Fernado Rolla assim que os investimentos forem retomados a Gasmig vai construir o duto que levará o gás até Uberaba. Já a Petrobras diz que a “hibernação do projeto” se deve ao adiamento sucessivo dos compromissos assumidos pela Gasmig para construção do gasoduto que forneceria gás natural à planta.


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