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Estado de Minas

Taxa de desemprego sobe e fica em 8,3% no 2º trimestre, revela IBGE

É a maior taxa desde 2012. Rendimento médio ficou em R$ 1.882, alta de 1,4% em um ano


postado em 25/08/2015 09:23 / atualizado em 25/08/2015 13:38

No Sine-BH (Sistema Nacional de Emprego), candidatos procuram empregos(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press- 15/04/2015)
No Sine-BH (Sistema Nacional de Emprego), candidatos procuram empregos (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press- 15/04/2015)

A fila de desempregados está aumentando no país. A maior procura por trabalho e a menor abertura de novas vagas fizeram a taxa de desocupação subir para 8,3% no segundo trimestre de 2015, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É maior taxa da série histórica, iniciada em 2012. No primeiro trimestre deste ano, o índice foi de 7,9%. Já no segundo trimestre de 2014, a taxa foi de 6,8%.

Em Minas Gerais, a população desocupada subiu a 7,8% no segundo trimestre de 2015, taxa inferior à registrada no primeiro trimestre deste ano, quando estava em 8,2%, passando de 870 mil para 839 mil pessoas. Já o número estimado de pessoas ocupadas no estado aumentou em 157 mil pessoas, frente ao trimestre anterior, e em 66 mil pessoas, frente ao segundo trimestre de 2014.

Dentre as atividades com corte de postos de trabalho no estado no segundo trimestre deste ano, o setor da indústria cortou 79 mil, na comparação com o mesmo período do ano passado. A construção também registrou perdas de 9 mil vagas de março a junho em relação ao mesmo período do ano passado, além de serviços domésticos, com baixa de 14 mil postos. Por outro lado, a agricultura criou 105 postos de trabalho em um ano.

Por região, a taxa de desemprego cresceu em todas as áreas pesquisadas: Norte (de 7,2% para 8,5%), Nordeste (de 8,8% para 10,3%), Sudeste (de 6,9% para 8,3%), Sul (de 4,1% para 5,5%) e Centro-Oeste (de 5,6% para 7,4%). Entre as unidades da Federação, Bahia teve a maior taxa (12,7%) e Santa Catarina, a menor (3,9%).

Em um ano até o segundo trimestre de 2015, 1,587 milhão de brasileiros saíram em busca de um trabalho sem encontrá-lo, aponta a pesquisa. O contingente representa um aumento de 23,5% na população desocupada em relação ao período de abril a junho de 2014. Com isso, o número de desempregados no país já chega a 8,354 milhões o maior número já observado na série, iniciada em 2012. Na comparação com os primeiros três meses do ano, a população desocupada cresceu 5,3%, o que significa 421 mil pessoas a mais atrás de emprego.

Não que o país não tenha gerado vagas. No segundo trimestre, a população ocupada cresceu 0,2% em relação ao período de janeiro a março, uma abertura de 188 mil novos postos. Em relação ao segundo trimestre de 2014, o avanço foi de 0,2%, ou 159 mil vagas criadas.

A população fora da força de trabalho (inativa), que não busca emprego nem está trabalhando, diminuiu 0,5% no segundo trimestre em relação ao primeiro. Ao todo, 307 mil pessoas deixaram essa condição no período. Em relação ao período de abril a junho de 2014, porém, o contingente cresceu 1,0% (628 mil pessoas a mais).

Ao todo, a população na força de trabalho (chamada de economicamente ativa no âmbito da Pesquisa Mensal de Emprego, que mensura o mercado de trabalho nas seis principais regiões metropolitanas do País) aumentou 0,6% no segundo trimestre em relação ao primeiro (609 mil pessoas a mais). Já em relação ao segundo trimestre do ano passado, esse contingente cresceu em 1,747 milhão, alta de 1,8% no período.

Rendimento A renda média real do trabalhador foi de R$ 1.882 no segundo trimestre de 2015. O valor é 0,5% menor do que no primeiro trimestre deste ano. O resultado ainda representa alta de 1,4% em relação ao período de abril a junho de 2014. (Com agências)


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