Após sofrer a maior queda no ano e fechar no menor nível desde abril de 2009 na véspera, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera em forte alta na tarde desta terça-feira, na linha de forte recuperação dos mercados na Europa. Por volta das 14h15, o Ibovespa subia 2,53%, a 45.459 pontos, depois que a China cortou a taxa de juros após forte queda das bolsas pelo mundo ontem. Destaque para os papeis da Petrobras, que registram ganhos de mais de 5%, ante forte queda de 6% do dia anterior. Já o dólar comercial subia 0,39%, cotado a R$ 3,57 na venda.
Ontem, o Ibovespa, que chegou a cair mais de 6% no início do dia, terminou o pregão em baixa de 3,03%, maior recuo porcentual desde 12 de dezembro de 2014. Fechou aos 44.336,47 pontos, menor nível desde 8 de abril de 2009 (44.181,98 pontos). No mês, acumula perda de 12,83% e, no ano, de 11,34%. O giro financeiro totalizou R$ 8,199 bilhões, o maior do mês excluído o pregão de 12 de agosto, quando houve exercício de Ibovespa futuro e opções sobre Ibovespa. Já a moeda norte-americana, bateu R$ 3,55 na véspera.
Reação O Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) cortou sua taxa de juros em 0,25 ponto porcentual e reduziu o compulsório dos bancos em meio ponto porcentual. O anúncio é realizado em meio a turbulências no mercado do país. A China também acabou com o limite para a maior parte dos depósitos bancários. O PBoC removeu o teto de depósitos fixos com vencimento superior a um ano. O PBoC disse em comunicado em seu site que também estava reduzindo o compulsório para os bancos que emprestam ao setor rural em meio ponto porcentual adicional.
O corte na taxa de juros entra em vigor na quarta-feira, enquanto a redução no compulsório começa a valer em 6 de setembro. No caso do corte no compulsório, a instituição disse que o objetivo era garantir a liquidez e o crescimento estável no crédito. O corte nos juros tem como meta reduzir custo de empréstimos para empresas.
O corte na taxa de juros é o quinto do banco central chinês desde novembro, enquanto o corte no compulsório para todos os bancos é o terceiro do ano. A medida é anunciada em meio aos temores sobre a desaceleração no crescimento chinês. O índice Xangai Composto recuou 7,6% nesta terça-feira, após uma baixa de 8,5% na segunda-feira, levando sua queda a mais de 20% ao longo dos últimos quatro dias de negociação. (Com agências)
(Com agências)