O Índice de Confiança de Serviços (ICS) recuou 4,7% na passagem de julho para agosto, na série com ajuste sazonal, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) na manhã desta segunda-feira. Com o resultado, o ICS saiu de 78,4 pontos para 74,7 pontos no período, renovando pela sexta vez o mínimo histórico na série, iniciada em junho de 2008.
"Há um quadro de pessimismo entre as empresas de serviços, expresso na continuidade da queda da curva de confiança. A fragilidade na demanda, tanto das empresas quanto das famílias, vem impactando negativamente a atividade do setor, com reflexos imediatos no mercado de trabalho, uma vez que este é o setor mais empregador da economia. Os indicadores sinalizam uma nova queda no ritmo de atividade de Serviços no terceiro trimestre", diz o economista Silvio Sales, consultor da FGV, em nota.
Ao todo, 11 das 12 atividades investigadas tiveram recuo na confiança na passagem do mês. O resultado geral foi determinado tanto pelas avaliações sobre o momento presente quanto pelas expectativas em relação aos meses seguintes. Em agosto, o Índice de Situação Atual (ISA-S) teve queda de 9,6%, para 53,7 pontos, após avanço de 4,8% em julho. Já o Índice de Expectativas (IE-S) caiu 1,7%, para 95,7 pontos, após recuo de 7,1% na mesma base de comparação.
A confiança de serviços já havia atingido um mínimo histórico em julho, com a queda de 2,9% em relação a junho. O resultado anunciado hoje completa uma sequência de quatro quedas no índice. A coleta de dados para a edição de agosto da sondagem foi realizada entre os dias 05 e 26 deste mês.