O dólar comercial fechou em alta de 1,17%, cotado a R$ 3,6271, nesta segunda-feira. O valor de fechamento é o maior desde fevereiro de 2003. Durante o dia, a moeda norte-americana alcançou os R$ 3,6845, renovando as máximas desde o fim de 2002. A divisa terminou agosto com valorização de 5,91%, a mais forte para o mês desde 1999, e no ano, já acumula alta de 36,42%. Já o dólar turismo bateu os R$ 3,830 na venda.
O mercado segue influenciado pelas preocupações com a situação fiscal do Brasil, além dos temores de que o país perca o selo de bom pagador. A notícia de que o Planalto desistiu da volta da CPMF, também conhecida como "imposto do cheque", aumenta o risco de o Brasil perder o grau de investimento.
O fechamento da moeda dos Estados Unidos também foi impactado pela entrega da proposta do Orçamento de 2016 ao Congresso Nacional, pelo governo. A previsão é de rombo no orçamento. Os ministros do Planejamento, Nelson Barbosa, e da Fazenda, Joaquim Levy, entregaram o projeto ao presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL). De acordo com Barbosa, a proposta entregue prevê déficit - gastos maiores que as receitas - de R$ 30,5 bilhões, que representa 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB).
Na sexta-feira, o dólar fechou em alta de 0,91%, cotado a R$ 3,5853 na venda. Na semana passada, o dólar subiu 2,55%, impulsionado por temores do mercado depois que a Bolsa de Xangai, na China, despencou fortemente antes do respiro no final da semana.
Com agências